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Notícias Jovem teve durante dias uma bala alojada na cabeça. Pensava que tinha sido atingido com uma pedra

Roter.Teufel

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Jovem teve durante dias uma bala alojada na cabeça. Pensava que tinha sido atingido com uma pedra

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Mateus Facio foi submetido a uma cirurgia no crânio.

Um jovem estudante brasileiro atingido por uma bala de grosso calibre na cabeça imaginou ao receber o potente impacto ter sido atingido por uma pedrada. Continuou tranquilamente as curtas férias de final de ano e conduziu por mais de mil quilómetros sem qualquer problema antes de saber o que realmente o tinha atingido e de ter de se submeter a uma delicada cirurgia no crânio para extracção do projéctil.

A inusitada odisseia de Mateus Facio, de 21 anos, da cidade de Juiz de Fora, no estado brasileiro de Minas Gerais, só começou a ganhar destaque este fim de semana, mas começou muito antes, no dia 31 de Dezembro de 2023, na cidade turística de Cabo Frio, no litoral do estado do Rio de Janeiro, onde ele tinha ido para a passagem de ano.

Nessa noite, na praia de Cabo Frio, Mateus a certa altura sentiu um forte impacto na cabeça e, como pormenorizou depois, pareceu "que algo tinha explodido lá dentro, no cérebro". Levou a mão à cabeça e percebeu que sangrava, mas pensou ter sido atingido por uma pedra.

"Imaginei que tivesse sido uma pedrada, algo do tipo. Ouvi um barulho, um tipo de explosão, só que dentro da minha cabeça. Eu olho para a frente e está todo o mundo sem entender nada, e eu só gemendo, ái, ái, ái", relata Mateus sobre o momento em que foi atingido pela bala, ninguém sabe, até hoje, disparada por quem.

Um médico que estava por perto atendeu Mateus, colocou gelo na ferida e estancou o sangramento, confirmando o diagnóstico do estudante de que provavelmente tinha sido atingido por uma pedra, embora não se visse nenhuma por ali. Depois disso, Mateus foi comemorar a passagem de ano no meio da multidão, como tinha planeado, e ficou mais dois dias na praia sem sentir qualquer desconforto.

No final do dia 2 de janeiro conduziu o próprio carro por cerca de 350 km até à sua cidade no estado vizinho, uma viagem de sete horas por uma estrada sinuosa em meio às montanhas que dividem os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

No dia seguinte, 3 de Janeiro, voltou ao trabalho e, fez uma viagem ainda mais longa, de 700 km, para ir novamente ao Rio de Janeiro resolver alguns assuntos, voltando no mesmo dia para Juiz de Fora.

Só no dia 4, provavelmente em função do esforço da viagem de 700 km do dia anterior, Mateus percebeu que alguma coisa não estava bem. Acordou com tonturas, com um dos braços meio-adormecido e as mãos faziam movimentos involuntários, mas os dedos não tinham firmeza para ele segurar os objetos. Foi para um hospital particular para ver o que motivava aqueles sintomas.

Ao realizarem uma tomografia, os médicos descobriram imediatamente, com indisfarçável surpresa, que o jovem estudante que tinha ido até eles pelo próprio pé e falando normalmente tinha uma bala de calibre 9mm, que tem um efeito geralmente devastador e fatal, alojada no cérebro e que, com os esforços feitos por Mateus nos dias anteriores, se tinha movimentado e começado a pressionar perigosamente áreas muito delicadas. Foi decidido imediatamente realizar uma cirurgia para extrair a bala, e após a delicada e arriscada intervenção cirúrgica, Mateus ficou três dias internado, dois deles num CTI, Centro de Tratamento Intensivo, para se recuperar.

"Os médicos procuraram-nos e disseram que o Mateus tinha de passar por uma cirurgia delicada e que havia riscos. Havia uma grande preocupação dos médicos com sangramentos, com vazamento de líquido cerebral, meningite e até morte. Mas, graças a Deus, foi tudo resolvido de uma forma gratificante. Os médicos e enfermeiros que viram o Mateus no hospital quase não acreditaram. Uma pessoa passar quatro dias com uma bala na cabeça e não sentir nada, é inexplicável. Ele nasceu de novo, agora o Mateus tem duas datas para comemorar o nascimento" disse Luciana Facio, mãe de Mateus, sem esconder o alívio por tudo terminar bem depois do enorme susto que todos passaram.
Este sábado, vinte dias após ter sido baleado na cabeça, algo que geralmente provoca a morte instantânea ou deixa sequelas terríveis à vítima, Mateus está bem e já fez até mudanças importantes na sua vida.

O jovem, que fazia o curso de Administração de Empresas, sem ter muito a certeza se era aquilo mesmo que queria, desistiu do curso e decidiu cursar Medicina, desta vez com a certeza absoluta de que é isso que quer, para poder salvar outras pessoas como os médicos que o atenderam no hospital fizeram.

Correio da Manhã
 
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