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Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois e a dez anos estão hoje em máximos históricos no mercado secundário, ultrapassando os 11,8 por cento e os 9,6 por cento, respectivamente.
Às 09:05, os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois anos transaccionavam, em média, nos 11,857 por cento, acima dos 11,679 por cento de terça-feira, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
Também o spread face à dívida alemã neste prazo atingiu hoje o máximo histórico de 1.005 pontos base.
O máximo histórico na taxa média também foi hoje atingido no prazo a dez anos, com os juros a negociar, em média, nos 9,694 por cento, acima dos 9,601 por cento de terça-feira, enquanto o 'spread' face à dívida alemã chegava aos 644,6 pontos base.
Já os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociavam, em média, nos 11,801 por cento, abaixo dos 11,916 por cento do máximo histórico registado na terça-feira, enquanto o spread face à dívida alemã nesta maturidade atingia os 918,4 pontos base.
A subida dos juros no mercado secundário surge um dia depois de um relatório de Bruxelas ter mostrado que Irlanda, Grécia, Espanha e Portugal apresentaram os défices mais elevados da zona euro em 2010.
Também na terça-feira foi anunciado que o Banco Central Europeu (BCE) voltou a não adquirir obrigações da zona euro na semana passada, o que aconteceu pela quarta semana consecutiva.
Desde que iniciou o programa de compra de títulos de dívida dos países da união monetária, em maio do ano passado, numa tentativa de travar a escalada dos juros da dívida de países como a Grécia, Irlanda e Portugal, que o banco central nunca tinha estado tanto tempo sem ir ao mercado.
Lusa/SOL