• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Juros da dívida nos 7%, o limite para chamar o FMI

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
343
Os juros cobrados pelos mercados internacionais para comprar dívida pública portuguesa ultrapassaram, esta manhã, os 7%, o máximo aceitável, segundo Teixeira dos Santos, antes de levar Portugal a recorrer ao FMI.

O Estado português vai fazer, amanhã, uma nova emissão de dívida pública, numa altura em que os mercados continuam a afiar o dente sobre Portugal, com os juros da dívida pública a passarem dos 7%.

"Portugal continua a bater recordes na sua dívida a dez anos. Neste momento, estamos nos 7,01%, a taxa que o Estado iria pagar se se tivesse endividado hoje", terça-feira, disse Filipe Silva, gestor do mercado e dívida do Banco Carregosa, em declarações à Rádio Renascença.

"Amanhã iremos fazer um leilão desta mesma dívida, por isso, a não ser que haja uma recuperação forte, será à volta desta taxa que o Estado irá pagar", acrescentou Filipe Silva.

Ontem, os juros da dívida pública portuguesa tinha batido um novo recorde, nos 6,819%, ultrapassado na manhã de hoje, com os juros a subirem para os 6,867% às primeiras horas do dia.

Em entrevista ao Expresso, no passado dia 9, Teixeira dos Santos admitia que 7% era o máximo de juros suportáveis por Portugal e que, atingida esta barreira Portugal "entra num terreno" em que é melhor recorrer ao fundo europeu e ao FMI.

O Governo, pela voz do ministro da Economia veio hoje desdizer Teixeira dos Santos: "Não há nenhum limite objectivo, nem a fixação de nenhuma fronteira. A situação internacional tem evoluído muito rapidamente e as avaliações têm de ser feitas à medida que essa evolução se verifica", disse Vieira da Silva.

Com esta renovação consecutiva do recorde dos juros, os mercados aguardam com expectativa o leilão de quarta feira de dívida de longo prazo pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, em que o Tesouro quer conseguir entre 750 e 1250 milhões de euros, numa altura em que já obteve financiamento para 93% da dívida..

Se nesta emissão Portugal conseguir suprir as suas necessidades de financiamento, este deverá ser o último leilão do ano.

A Irlanda é hoje o único país que acompanha Portugal nesta tendência de subida, com os juros da dívida irlandesa a dez anos a baterem o máximo de 7,903%, acima do valor de 7,859% registado segunda feira.

Na maturidade da dívida portuguesa a cinco anos, os juros exigidos pelos investidores negoceiam nos 5,819%, o maior valor desde o máximo histórico de 6,076 a 07 de maio de 2010.

Quanto ao 'spread' da dívida portuguesa face à alemã, ou seja, o prémio pedido pelos investidores para comprarem obrigações portuguesas em vez de alemãs, agrava-se para 464,1 pontos base nos títulos a 10 anos, enquanto o 'spread' dos juros a cinco anos está em 440,1 pontos base.

JN
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
343
Juros da dívida portuguesa ultrapassam os 7%

Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos, tendo em conta os preços genéricos da Bloomberg, ultrapassaram os 7% hoje às 13h34, depois da emissão de dívida pública levada a cabo pelo IGCP esta manhã, em que se registou uma procura inferior à da última emissão.
As obrigações da dívida pública com maturidade de 10 anos avançam 25,1 pontos base para 7,014% e negociaram acima dos 7% pela primeira vez desde que o Portugal aderiu à moeda única europeia, segundo as taxas genéricas da Bloomberg.

Este máximo foi ultrapassado depois da última emissão de dívida que o IGCP colocou no mercado este ano, onde pagou um juro de 6,806% na emissão com maturidade daqui a 10 anos. Uma emissão muito aguardada devido ao escrutínio dos mercados sobre as contas públicas das economias periféricas da Europa.

Já ontem os juros da dívida pública com maturidade a 10 anos atingiram o máxim
Taxas genéricas
As taxas de juro genéricas da dívida pública são as que têm sido utilizadas como referência, já que consistem num índice de remuneração das várias linhas de financiamento com maturidades próximas dos 20 anos, o que confere maior significância ao indicador. Só hoje estas taxas superaram os 7%.

o histórico de 6,892% segundo o índice de preços genéricos das obrigações da Bloomberg. Nas obrigações com maturidade em Junho de 2020, uma das que linhas de financiamento do Estado, os juros chegaram ultrapassar os 7% na última sessão.

No entanto as taxas de juro genéricas da dívida pública são as que têm sido utilizadas como referência, já que consistem num índice de remuneração da várias linhas de financiamento com maturidades próximas dos 10 anos, o que confere maior significância ao indicador.

No leilão desta manhã, a procura caiu face à anterior emissão comparável a 10 anos mas continua a superar em mais de duas vezes a oferta.

Proposta alemã pressiona obrigações portuguesas

Os custos de financiamento de Portugal têm estado sob pressão. Nas últimas semanas, os mercados assistiram a um êxodo da dívida dos países da chamada “periferia” europeia, como Portugal e Irlanda.

"A abordagem da Alemanha na gestão da crise soberana está a ter um impacto muito negativo. Trouxe maior incerteza e turbulência a uma situação que ainda estava longe de ser solucionada", disse ontem ao Negócios Gary Jenkins, um analista da Evolution Securities, em Londres.

Em causa está a proposta que vai ser levada ao Ecofin pela mão da chanceler Angela Merkel e que prevê a possibilidade de prejuízos para os investidores em dívida de países que venham a ser resgatados, no quadro do fundo permanente aprovado na última Cimeira europeia.

As taxas de juro genéricas da dívida pública são as que têm sido utilizadas como referência, já que consistem num índice de remuneração das várias linhas de financiamento com maturidades próximas dos 20 anos, o que confere maior significância ao indicador. Só hoje estas taxas superaram os 7%.

JN
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
343
Juros permanecem acima dos 7% mas aliviam de máximos

O juro das obrigações do tesouro está a recuar 16 pontos base face ao máximo atingido esta manhã, apesar de continuarem acima dos 7%. Na Irlanda e Espanha a subida hoje é mais acentuada que em Portugal.
A “yield” da dívida pública a 10 anos continua acima dos 7%, mas está nesta altura a aliviar do máximo fixado de manhã, nos 7,247%, de acordo com os preços genéricos na Bloomberg.

O juro chegou a agravar-se mais de 20 pontos base face ao fecho de ontem, mas está agora a recuar 16 pontos base face ao pico atingido durante a sessão. A “yield” a 10 anos sobe agora 5 pontos base face ao fecho de ontem, situando-se nos 7,08%.

Nas restantes maturidades o comportamento das “yields” é semelhante, estando mesmo a recuar nos prazos de 6 e 30 anos.

O prémio de risco da dívida portuguesa a 10 anos face às obrigações alemãs situa-se agora nos 465 pontos base, quando de manhã chegou a superar os 480 pontos base.

Na Irlanda, os juros avançam 28,3 pontos para 8,919%, depois de terem chegado aos 8,929%. Uma subida que leva o prémio de risco para 652 pontos. Já em Espanha, a dívida avança 14 pontos base para 4,638%.

Os juros da dívida de países como Portugal e Irlanda estão a subir, depois de a responsável pelas finanças de França ter expresso o seu apoio à proposta de Merkel. A líder do governo alemão defende que investidores em de dívida pública sejam chamados a pagar parte dos custos de um resgate a um país que necessite de reestruturar a sua dívida soberana.

França e Alemanha impulsionam risco das economias periféricas

A ministra das Finanças de Sarkozy expressou apoio à proposta alemã de que os investidores em dívida pública partilhem os custos de resgate a países que se encontrem insolventes.

“Os comentários de Lagarde mencionaram reestruturação, e isso é mais um prego no caixão” da dívida periférica, disse o analista de obrigações do HSBC, Steven Major, à Bloomberg. “Ainda existe um enorme grupo de investidores que operadores que não reconheceram que uma reestruturação poderá acontecer”, acrescentou.

Uma proposta inicialmente apresentada por Merkel e aprovada pelo parlamento alemão, que levou a taxa de juro das obrigações portuguesas e alemãs a subirem para máximos recorde nas últimas sessões.

Jornaldenegocios
 
Topo