- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 39,066
- Gostos Recebidos
- 441
Os juros das obrigações do tesouro estão a registar a queda mais acentuada desde Maio, com os investidores aliviados com a clarificação acerca do quadro futuro ao nível da regulação dos mercados de crédito.
O juro da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos estão a acentuar o movimento de queda registado desde o início da sessão.
A “yield” recua já 32 pontos base para 6,712%, depois de nos últimos dias ter ultrapassado a fasquia dos 7% num movimento em que fixou novos máximos sucessivamente. Esta é a maior queda diária desde 11 de Maio, dia em que a União Europeia anunciou a intenção de criar um fundo de resgate até 750 mil milhões de euros, juntamente com o FMI.
A descida dos juros da dívida pública portuguesa acompanha a tendência nos juros da dívida soberana das economias periféricas da Zona Euro. A “yield” que os investidores exigem para deter dívida irlandesa a 10 anos afunda 60 pontos base para 8,308%, igualmente a queda mais acentuada desde Maio.
Com este movimento, o “spread” face à dívida alemã, cujos juros estão hoje em agravamento, está a reduzir-se para 433 pontos base, depois de ultrapassar os 470 pontos nos últimos dias.
Descidas mais intensas nos prazos curtos
As taxas de juro das obrigações de mais curto prazo estão a registar quedas mais acentuadas, sendo também as mais intensas desde Maio.
A taxa de juro das obrigações a dois anos cede 64,3 pontos base para 4,207% e a "yield" da dívida a cinco anos recua 51 pontos base para 5,64%, a maior queda desde 10 de Maio, dia em que o Banco Central Europeu começou a comprar aos bancos dívida pública dos países cujos mercados estavam “disfuncionais”, numa referência provável a Portugal, Grécia e Espanha.
A contribuir para o alívio das tensões está uma clarificação de que um futuro mecanismo de estabilização do euro, que poderá requerer que os investidores participem nos custos de um resgate a uma economia, não será aplicado à dívida que já se encontra no mercado.
Estas declarações “são claramente destinadas a acalmar os mercados da periferia da Zona Euro”, diz o BNP Paribas citado pela agência noticiosa Dow Jones. O Royal Bank of Scotland acresenta que ainda assim, “as preocupações acerca do formato final do mecanismo vão permanecer”.
Crescimento da economia traz alívio
A contribuir para o alívio dos juros de Portugal está também a notícia de que a economia portuguesa cresceu 0,4% no terceiro trimestre, superando as expectativas da maioria dos analistas.
No segundo trimestre, o PIB tinha registado um aumento de 0,2%, um valor que foi revisto em baixa (os últimos dados indicavam um aumento do PIB de 0,3% no segundo trimestre). Estes dados, presentes nas Contas Nacionais Trimestrais do INE, traduzem o “contributo positivo da procura externa líquida”, tendência que se nota no “aumento expressivo das exportações de bens e serviços”.
Jornaldenegocios
O juro da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos estão a acentuar o movimento de queda registado desde o início da sessão.
A “yield” recua já 32 pontos base para 6,712%, depois de nos últimos dias ter ultrapassado a fasquia dos 7% num movimento em que fixou novos máximos sucessivamente. Esta é a maior queda diária desde 11 de Maio, dia em que a União Europeia anunciou a intenção de criar um fundo de resgate até 750 mil milhões de euros, juntamente com o FMI.
A descida dos juros da dívida pública portuguesa acompanha a tendência nos juros da dívida soberana das economias periféricas da Zona Euro. A “yield” que os investidores exigem para deter dívida irlandesa a 10 anos afunda 60 pontos base para 8,308%, igualmente a queda mais acentuada desde Maio.
Com este movimento, o “spread” face à dívida alemã, cujos juros estão hoje em agravamento, está a reduzir-se para 433 pontos base, depois de ultrapassar os 470 pontos nos últimos dias.
Descidas mais intensas nos prazos curtos
As taxas de juro das obrigações de mais curto prazo estão a registar quedas mais acentuadas, sendo também as mais intensas desde Maio.
A taxa de juro das obrigações a dois anos cede 64,3 pontos base para 4,207% e a "yield" da dívida a cinco anos recua 51 pontos base para 5,64%, a maior queda desde 10 de Maio, dia em que o Banco Central Europeu começou a comprar aos bancos dívida pública dos países cujos mercados estavam “disfuncionais”, numa referência provável a Portugal, Grécia e Espanha.
A contribuir para o alívio das tensões está uma clarificação de que um futuro mecanismo de estabilização do euro, que poderá requerer que os investidores participem nos custos de um resgate a uma economia, não será aplicado à dívida que já se encontra no mercado.
Estas declarações “são claramente destinadas a acalmar os mercados da periferia da Zona Euro”, diz o BNP Paribas citado pela agência noticiosa Dow Jones. O Royal Bank of Scotland acresenta que ainda assim, “as preocupações acerca do formato final do mecanismo vão permanecer”.
Crescimento da economia traz alívio
A contribuir para o alívio dos juros de Portugal está também a notícia de que a economia portuguesa cresceu 0,4% no terceiro trimestre, superando as expectativas da maioria dos analistas.
No segundo trimestre, o PIB tinha registado um aumento de 0,2%, um valor que foi revisto em baixa (os últimos dados indicavam um aumento do PIB de 0,3% no segundo trimestre). Estes dados, presentes nas Contas Nacionais Trimestrais do INE, traduzem o “contributo positivo da procura externa líquida”, tendência que se nota no “aumento expressivo das exportações de bens e serviços”.
Jornaldenegocios