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Kofi Annan enviado especial da ONU à Síria
O ex-secretário-geral das Nações Unidas e Nobel da Paz, Kofi Annan, foi nomeado enviado especial à Síria.
O objectivo é ser os olhos e os ouvidos da ONU e da Liga Árabe, numa tentativa de estancar o derramamento de sangue que se instalou no país de Bashar al-Assad em Março de 2011.
Num comunicado divulgado na passada noite de quinta-feira, os dois organismos, liderados por Ban Ki-moon e Nabil elArabi, respectivamente, agradeceram a Kofi Annan por ter aceitado a tarefa «num momento tão crítico para o povo da Síria» e deixaram claro qual a sua missão: «proporcionar o fim da violência e das violações dos direitos humanos, promovendo uma solução pacífica para a crise síria».
O comunicado explica que Kofi Annan vai trabalhar ao lado de partidos dentro e fora da Síria para promover um «diálogo político compreensivo entre o governo sírio e todo o espectro da oposição», com vista a uma «solução política que vá ao encontro das aspirações democráticas do povo».
Além de Kofi Annan, o ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari foi um dos nomes mais falados para desempenhar esta função. Ambos são veteranos na mediação de conflitos – Annan no Quénia e Ahtisaari no Kosovo – e ambos carregam o desígnio de Nobel da Paz.
O anúncio surge numa altura em que a ONU contabiliza 7500 mortes e avança com uma ‘lista negra’ de oficiais do regime de Bashar al-Assad que, durante os quase 12 meses de conflito, terão incorrido em crimes contra a humanidade.
De acordo com a ONU, entre as vítimas contam-se largas centenas de mulheres e crianças.
Kofi Annan, nascido no Gana há 73 anos, foi secretário-geral da ONU de 1997 a 2006 e, mesmo depois de terminar o mandato, serviu de mediador no processo de acalmia do conflito no Quénia em 2008.
No comando das Nações Unidas ajudou a presidir uma década que viu o mundo unir-se contra o terrorismo após o 11 de Setembro de 2001 e dividir-se profundamente após o deflagrar da guerra dos EUA contra o Iraque.
Também em 2001, venceu o prémio Nobel da Paz.
A escolha de um enviado especial era, de resto, um dos pontos que faziam parte da famosa resolução de paz para a Síria que a ONU aprovou em Assembleia Geral, não obstante os vetos da China e da Rússia.
Ainda esta sexta-feira, no rescaldo da nomeação do enviado especial, arranca um encontro na Tunísia organizado pela Liga Árabe, onde se espera um apelo ao cessar-fogo e à entrada de ajuda externa na Síria.
Mas desde já se prevê que a Rússia e a China voltem a ser mais um entrave do que um aliado na tarefa que se esperava conjunta de derrubar Bashar al-Assad.
AP/SOL
O ex-secretário-geral das Nações Unidas e Nobel da Paz, Kofi Annan, foi nomeado enviado especial à Síria.
O objectivo é ser os olhos e os ouvidos da ONU e da Liga Árabe, numa tentativa de estancar o derramamento de sangue que se instalou no país de Bashar al-Assad em Março de 2011.
Num comunicado divulgado na passada noite de quinta-feira, os dois organismos, liderados por Ban Ki-moon e Nabil elArabi, respectivamente, agradeceram a Kofi Annan por ter aceitado a tarefa «num momento tão crítico para o povo da Síria» e deixaram claro qual a sua missão: «proporcionar o fim da violência e das violações dos direitos humanos, promovendo uma solução pacífica para a crise síria».
O comunicado explica que Kofi Annan vai trabalhar ao lado de partidos dentro e fora da Síria para promover um «diálogo político compreensivo entre o governo sírio e todo o espectro da oposição», com vista a uma «solução política que vá ao encontro das aspirações democráticas do povo».
Além de Kofi Annan, o ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari foi um dos nomes mais falados para desempenhar esta função. Ambos são veteranos na mediação de conflitos – Annan no Quénia e Ahtisaari no Kosovo – e ambos carregam o desígnio de Nobel da Paz.
O anúncio surge numa altura em que a ONU contabiliza 7500 mortes e avança com uma ‘lista negra’ de oficiais do regime de Bashar al-Assad que, durante os quase 12 meses de conflito, terão incorrido em crimes contra a humanidade.
De acordo com a ONU, entre as vítimas contam-se largas centenas de mulheres e crianças.
Kofi Annan, nascido no Gana há 73 anos, foi secretário-geral da ONU de 1997 a 2006 e, mesmo depois de terminar o mandato, serviu de mediador no processo de acalmia do conflito no Quénia em 2008.
No comando das Nações Unidas ajudou a presidir uma década que viu o mundo unir-se contra o terrorismo após o 11 de Setembro de 2001 e dividir-se profundamente após o deflagrar da guerra dos EUA contra o Iraque.
Também em 2001, venceu o prémio Nobel da Paz.
A escolha de um enviado especial era, de resto, um dos pontos que faziam parte da famosa resolução de paz para a Síria que a ONU aprovou em Assembleia Geral, não obstante os vetos da China e da Rússia.
Ainda esta sexta-feira, no rescaldo da nomeação do enviado especial, arranca um encontro na Tunísia organizado pela Liga Árabe, onde se espera um apelo ao cessar-fogo e à entrada de ajuda externa na Síria.
Mas desde já se prevê que a Rússia e a China voltem a ser mais um entrave do que um aliado na tarefa que se esperava conjunta de derrubar Bashar al-Assad.
AP/SOL