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Kremlin: Inquérito sobre morte de ex-espião do KGB é "piada"

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]A Presidência russa afirmou hoje que o inquérito britânico sobre a morte do ex-espião do KGB Alexandre Litvinenko, que admite um eventual envolvimento de Vladimir Putin, parece ser uma "piada", salientando a falta de provas concretas no processo.
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"Talvez seja uma piada", afirmou o porta-voz do Kremlin (sede da Presidência russa), Dmitri Peskov, em declarações aos jornalistas.


"O mais provável é que possa ser atribuído ao humor britânico", ironizou o representante russo, frisando que o processo foi feito a partir "de informações confidenciais de serviços secretos não identificados".
As conclusões do inquérito "foram realizadas com base em informações pouco convincentes, com um uso abundante de palavras como possivelmente e provavelmente", acrescentou Dmitri Peskov.
"Tal terminologia não é permitida na nossa prática judicial, nem é permitida na prática judicial de outros países, e certamente [o inquérito] não pode ser considerado por nós como um veredicto em qualquer das suas partes", reforçou.
As conclusões de um inquérito oficial à morte de Alexandre Litvinenko, hoje divulgadas por um juiz britânico, referem que o Presidente russo, Vladimir Putin, "provavelmente aprovou" o assassínio em Londres do ex-espião do KGB, perpetrado por dois agentes russos.
Alexandre Litvinenko, de 43 anos, morreu envenenado por polónio no final de novembro de 2006, três semanas depois de um encontro no Millennium Hotel, no centro de Londres, com dois ex-agentes russos, Andrei Lugovoi - atualmente deputado de um partido nacionalista - e Dmitri Kovtun, empresário.
"A operação do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa - FSB (ex-KGB) foi provavelmente aprovada por Patruchov (Nikolai Patruchov, ex-chefe do FSB) e também pelo Presidente Putin", disse o juiz Robert Owen.
"Tenho a certeza que Lugovoi e Kovtun colocaram o polónio 210 no bule (de chá) a 01 de novembro de 2006. Tenho a certeza de que fizeram isto com a intenção de envenenar Litvinenko", indicou o magistrado.
Lugovoi e Kovtun rejeitaram qualquer implicação na morte de Litvinenko, denunciando as acusações "absurdas" e as provas "fabricadas" pela justiça britânica.
O porta-voz do Kremlin também considerou que este "quase inquérito", que decorreu à porta fechada por ordem do governo britânico, é suscetível de prejudicar as já tensas relações entre Moscovo e Londres.
Este processo, frisou Dmitri Peskov, só poderá "adicionar mais veneno para a atmosfera das relações bilaterais" dos dois países.
Após a divulgação das conclusões do inquérito, o governo britânico decidiu convocar o embaixador russo em Londres.
Para o porta-voz do Kremlin, a convocação do representante russo é uma "prática diplomática normal", tendo ainda afirmado que Moscovo irá tentar responder as possíveis questões colocadas por Londres no seguimento deste inquérito.


nm

 
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