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O líder dos social-democratas alemães no Parlamento Europeu, Martin Schulz, acusou hoje a chanceler Angela Merkel de ser “co-responsável pelo agravamento da crise da Grécia”, em declarações à edição electrónica do matutino Rheinland Post.
“Em vez de apoiar os esforços de reformas dos gregos logo desde o início, a senhora Merkel andou aos ziguezagues até nos pôr tontos”, disse o eurodeputado.
“Durante várias semanas, ela disse que a Grécia não precisava de ajuda nenhuma, e depois acabou por ter de apoiar todos os pacotes de ajuda europeus, só que cada dia perdido tornou a crise mais cara para os contribuintes alemães”, acusou Schulz, que em 2012 deverá tornar-se presidente do Parlamento Europeu, no quadro de um acordo de alternância deste cargo entre as grandes famílias políticas.
O eurodeputado social-democrata responsabilizou ainda Merkel pela “falta de confiança de muitos cidadãos” na União Europeia, asseverando que que “enquanto anteriores chanceleres alemães como Willy Brandt, Helmut Schmidt, Helmut Kohl e Gerhard Schröder se empenharam a favor de uma Europa forte, no interesse da Alemanha, a senhora Merkel deixa-se levar pelas sondagens”.
O resultado, segundo Schulz, “é um balanço devastador da política interna alemã e da política externa europeia” da chanceler.
Schulz voltou a defender, na mesma entrevista, o recurso aos chamados “eurobonds”, a emissão de títulos da dívida em nome de todos os Estados da zona euro, alegando ser necessária uma reestruturação eficaz da dívida, e a emissão de títulos europeus para garantir a capacidade de refinanciamento de todos os países da moeda única.
“Com os ‘eurobonds’, impediríamos o contágio de outros Estados, porque o refinanciamento estaria garantido”, sublinhou o eurodeputado alemão.
Lusa/SOL