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GF Ouro
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Os principais dirigentes políticos ocidentais condenaram a decapitação, anunciada sexta-feira, de Alan Henning, um refém de nacionalidade britânica, e prometem continuar a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
“A morte brutal de Alan Henning pelo Estado Islâmico só mostra até que ponto estes terroristas são bárbaros e repugnantes”, comentou o primeiro-ministro britânico, David Cameron. “O facto de ter sido feito refém quando estava a tentar ajudar os outros, e de ter sido assassinado, mostra que a perversão destes terroristas do Estado Islâmico não tem limites”, acrescentou.
Também o Presidente norte-americano, Barack Obama, condenou o “assassínio brutal” e prometeu “continuar acções decisivas para enfraquecer e acabar por destruir” o Estado Islâmico.
O Presidente francês, François Hollande, declarou-se “indignado” por este “crime odioso” e prometeu que ele “não ficará impune”.
Inicialmente, o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico informou estar a “trabalhar urgentemente para autenticar o seu conteúdo”. Mais tarde, responsáveis norte-americanos disseram que não há razões para duvidar da autenticidade.
O vídeo, intitulado “Outra mensagem para a América e para os seu aliados” é semelhante a outros divulgados pelo EI, com a vítima ajoelhada em frente a um carrasco de cara tapada, numa paisagem desértica.
Os extremistas tinham já antes decapitado dois jornalistas norte-americanos, James Foley e Steven Sotloff, e também David Haines, um britânico que trabalhava para uma organização humanitária internacional.
Alan Henning, de 47 anos, era um taxista de Salford que se voluntariou para trabalhar com uma organização não-governamental que distribuía ajuda humanitária na Síria. Foi raptado em Dezembro. A ameaça de morte do cidadão britânico tinha sido feita numa anterior mensagem macabra, divulgada no mês passado.
No início desta semana, a mulher de Henning, Barbara, dirigiu-se aos jihadistas, implorando a libertação do marido porque este era “um inocente”. “Seguramente, aqueles que reclamam ser vistos como um Estado, agirão como estadistas e conceder-lhe-ão clemência e misericórdia”, disse.
O apelo de Barbara foi feito um dia depois da publicação de uma nova mensagem do EI, censurando a estratégia dos Estados Unidos no Iraque. Esta foi a terceira mensagem em vídeo lida pelo jornalista britânico John Cantlie, que também foi sequestrado na Síria.
No vídeo que dá conta da morte de Henning, publicado esta sexta-feira, é identificado um novo refém: um norte-americano de nome Peter Kassig, ex-soldado no Iraque, em 2007, que se tornou técnico de emergência médica. Em 2012 começou a trabalhar com refugiados palestinianos e sírios no Líbano e foi raptado em Outubro de 2013, quando colaborava com uma agência não-governamental, no Leste da Síria.
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