kokas
Banido
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3
Nos partidos do arco da governação, as distritais têm direito a escolher lugares, mas a palavra final cabe aos líderes partidários, que têm nas suas competências a escolha de quotas significativas nas listas de deputados
As estruturas de PS e PSD estão a recolher nomes para as listas de deputados, que vão aprovar até ao final da próxima semana. Porém, as comissões políticas nacionais - em particular os presidentes do partido - têm a última palavra. Além de poderem vetar, alterar a ordem ou incluir qualquer nome, António Costa, no PS, tem uma "quota pessoal" de 30% dos lugares de deputados e, no PSD, Passos Coelho escolhe todos os cabeças de lista.
Mas afinal como se chega a deputado? Muito do caminho pode já ter sido traçado há meses (ou anos) quando foram feitas eleições nas federações (caso do PS) ou nas distritais (caso do PSD). As listas derrotadas nesses lutas sabem que já não terão as mesmas hipóteses de chegarem a deputados. A não ser com uma "cunha" do líder do partido.
No PSD a forma como vão ser feitas as escolhas foi definida nas reuniões dos órgãos nacionais na última sexta-feira. Foi imposta a renovação de um terço das listas, que Passos Coelho vai escolher os ca-beças de lista e que o número de mulheres deve exceder as quotas. E mais: autarcas e dirigentes da administração pública ficam de fora.
O método depois muda de distrital para distrital. Em Beja, por exemplo, muito dificilmente a maioria elege mais do que um deputado. Assim, só Passos escolhe "o" elegível. Já em Lisboa, o círculo maior, vai ter de ser dada uma parte de leão da lista para independentes e figuras nacionais. Depois, então, vem o debate em torno dos nomes indicados por distritais (e concelhias).
dn
