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50 anos depois de Berna, o Benfica pode voltar a inscrever o nome na lista dos famosos da Europa. Jesus vai reforçar-se na defesa sem hipotecar a criatividade ofensiva.
Jorge Jesus já alcançou o primeiro patamar de prioridades por ele definido no trajecto europeu para 2010/2011: igualar a marca da época transacta, os quartos-de-final, em que se viu afastado pelo Liverpool, como medida obrigatória, e a partir dela continuar a progressão até onde lhe for possível, partindo-se do princípio que tudo o que conseguir a mais será encarado como inequívoco sinal de um percurso evolutivo em execução e, por isso mesmo, tradutor de uma dinâmica de conquista que o emblema da água precisa de voltar a agarrar.
Neste sentido, o simples facto de o Benfica ter já os dois pés nas meias-finais - outra conclusão não será possível extrair na sequência da clara manifestação de superioridade no jogo da primeira mão, em Lisboa, expressa em resultado cujos números obrigam a essa única interpretação - seria bastante para considerar um sucesso esta presença benfiquista na Liga Europa, mas o prestígio e a história são insaciáveis e ambicionam mais.
Chegada a esta altura da competição, a equipa de Jesus sente-se obrigada a perder a vergonha e a lançar-se em navegação por alto mar rumo à final. Essa será a etapa seguinte, mas ainda assim insuficiente. É preciso vencê-la e reinscrever o nome do Benfica na lista dos famosos da UEFA, 50 anos depois da primeira conquista na Taça dos Campeões Europeus, em Berna, diante do Barcelona. Foi em Maio de 1961 que José Águas mostrou ao Mundo o mais cobiçado troféu europeu. Agora, de certeza que toda a nação benfiquista sonha ardentemente por ver essa feliz coincidência transformar-se de sonho em realidade, apesar de, com a prudência que caracteriza os treinadores, para Jesus a realidade só ter a ver com o jogo de logo. Pensar em novos projectos sim, mas uma coisa de cada vez...
A Bola