- Entrou
- Fev 10, 2012
- Mensagens
- 4,160
- Gostos Recebidos
- 2
Web Summit reuniu 22 mil pessoas em Dublin no ano passado.
Será feita em Portugal nos próximos três anos.
MIGUEL MANSO
Lisboa venceu a candidatura para organizar as edições de 2016, 2017 e 2018 da Web Summit, uma das mais importantes conferências de tecnologia e empreendedorismo da Europa.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo Governo, numa cerimónia em Lisboa com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o fundador do evento, o irlandês Paddy Cosgrave.
Cosgrave (de t-shirt e calças de ganga a contrastar com as gravatas dos representantes das instituições portuguesas) elogiou "a comunidade de startups" de Lisboa.
"Os investidores na Europa começaram a capitalizar as rendas baixas e o talento" da cidade, afirmou.
O apoio público ao evento, explicou por seu lado Paulo Portas, é de 1,3 milhões de euros.
"É uma grande oportunidade para melhorarmos muito mais o ecossistema tecnológico português", disse o governante.
Aquele dinheiro será usado para melhorar os sistemas de ligação à Internet na Feira Internacional de Lisboa e no Meo Arena (onde a conferência vai decorrer), para apoiar a cobertura de imprensa internacional e para ajudar empresas mais pequenas a participar, exemplificou pouco depois o secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias.
A capital portuguesa disputou a organização com cidades como Paris e Amesterdão.
Entre os factores analisados para decidir o local de uma edição estão a capacidade de alojamento, a qualidade das infra-estruturas para o evento e a ligação da cidade ao ecossistema de empreendedorismo.
Nos anos recentes, têm surgido em Lisboa várias iniciativas à criação de empresas na área das tecnologias digitais, incluindo programas de aceleração, conferências e incubadoras de startups.
A Web Summit realiza-se desde 2010 na capital irlandesa e tornou-se um evento de grande dimensão no circuito mundial de conferências de tecnologia.
Na edição deste ano, que decorre de 3 a 5 de Novembro, são esperadas 4500 startups, 12 das quais portuguesas, e 30 mil participantes.
Vão participar o presidente dos estúdios de animação Pixar, Ed Catmull; o director de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer; e um dos fundadores do Instagram, Mike Kriege.
A agência Bloomberg chama ao evento "Davos para Geeks", numa alusão ao Fórum Económico Mundial.
Ao PÚBLICO, Cosgrave explicou que Dublin não tem estruturas para organizar uma conferência de grandes dimensões e que começou por isso à procura de uma cidade para acolher a Web Summit durante três anos, pelo menos.
Para além do elogio às características da capital portuguesa, o responsável pelo evento disse ainda ter ficado surpreendido com o entusiasmo mostrado nas redes sociais ante a possibilidade de Lisboa acolher as próximas edições.
Os milhares de participantes da conferência terão um peso significativo no sector turístico da cidade. No ano passado, a conferência reuniu 22 mil pessoas na capital irlandesa.
Por comparação, em Julho, o sector hoteleiro da área metropolitana de Lisboa registou uma média de 42 mil dormidas diárias, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística.
Para além de palestras e debates, o evento inclui um concurso de startups.
Em 2014, a Codacy, uma empresa criada em Portugal, foi uma das vencedoras.
Desenvolve e comercializa um serviço que analisa automaticamente código informático em busca de falhas.
A Web Summit tem também uma aplicação que indica a cada participante quais as pessoas que este terá mais interesse em conhecer.
"Tipicamente, é por isso que se vai a uma conferência", observou Paddy Cosgrave, que explicou que o software analisa a informação cedida por cada utilizador (o que pode incluir a presença nas redes sociais) para relacionar pessoas, de uma forma semelhante ao que fazem o Twitter e o Facebook, por exemplo.
A empresa de Cosgrave também organiza conferências noutros países, entre os quais Índia e EUA, embora com menores dimensões.
O anúncio de que Lisboa estava a disputar com outras cidades a organização da conferência tinha sido feito pelo Governo no final de Agosto.
In
úblico
Será feita em Portugal nos próximos três anos.
Lisboa venceu a candidatura para organizar as edições de 2016, 2017 e 2018 da Web Summit, uma das mais importantes conferências de tecnologia e empreendedorismo da Europa.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo Governo, numa cerimónia em Lisboa com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o fundador do evento, o irlandês Paddy Cosgrave.
Cosgrave (de t-shirt e calças de ganga a contrastar com as gravatas dos representantes das instituições portuguesas) elogiou "a comunidade de startups" de Lisboa.
"Os investidores na Europa começaram a capitalizar as rendas baixas e o talento" da cidade, afirmou.
O apoio público ao evento, explicou por seu lado Paulo Portas, é de 1,3 milhões de euros.
"É uma grande oportunidade para melhorarmos muito mais o ecossistema tecnológico português", disse o governante.
Aquele dinheiro será usado para melhorar os sistemas de ligação à Internet na Feira Internacional de Lisboa e no Meo Arena (onde a conferência vai decorrer), para apoiar a cobertura de imprensa internacional e para ajudar empresas mais pequenas a participar, exemplificou pouco depois o secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias.
A capital portuguesa disputou a organização com cidades como Paris e Amesterdão.
Entre os factores analisados para decidir o local de uma edição estão a capacidade de alojamento, a qualidade das infra-estruturas para o evento e a ligação da cidade ao ecossistema de empreendedorismo.
Nos anos recentes, têm surgido em Lisboa várias iniciativas à criação de empresas na área das tecnologias digitais, incluindo programas de aceleração, conferências e incubadoras de startups.
A Web Summit realiza-se desde 2010 na capital irlandesa e tornou-se um evento de grande dimensão no circuito mundial de conferências de tecnologia.
Na edição deste ano, que decorre de 3 a 5 de Novembro, são esperadas 4500 startups, 12 das quais portuguesas, e 30 mil participantes.
Vão participar o presidente dos estúdios de animação Pixar, Ed Catmull; o director de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer; e um dos fundadores do Instagram, Mike Kriege.
A agência Bloomberg chama ao evento "Davos para Geeks", numa alusão ao Fórum Económico Mundial.
Ao PÚBLICO, Cosgrave explicou que Dublin não tem estruturas para organizar uma conferência de grandes dimensões e que começou por isso à procura de uma cidade para acolher a Web Summit durante três anos, pelo menos.
Para além do elogio às características da capital portuguesa, o responsável pelo evento disse ainda ter ficado surpreendido com o entusiasmo mostrado nas redes sociais ante a possibilidade de Lisboa acolher as próximas edições.
Os milhares de participantes da conferência terão um peso significativo no sector turístico da cidade. No ano passado, a conferência reuniu 22 mil pessoas na capital irlandesa.
Por comparação, em Julho, o sector hoteleiro da área metropolitana de Lisboa registou uma média de 42 mil dormidas diárias, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística.
Para além de palestras e debates, o evento inclui um concurso de startups.
Em 2014, a Codacy, uma empresa criada em Portugal, foi uma das vencedoras.
Desenvolve e comercializa um serviço que analisa automaticamente código informático em busca de falhas.
A Web Summit tem também uma aplicação que indica a cada participante quais as pessoas que este terá mais interesse em conhecer.
"Tipicamente, é por isso que se vai a uma conferência", observou Paddy Cosgrave, que explicou que o software analisa a informação cedida por cada utilizador (o que pode incluir a presença nas redes sociais) para relacionar pessoas, de uma forma semelhante ao que fazem o Twitter e o Facebook, por exemplo.
A empresa de Cosgrave também organiza conferências noutros países, entre os quais Índia e EUA, embora com menores dimensões.
O anúncio de que Lisboa estava a disputar com outras cidades a organização da conferência tinha sido feito pelo Governo no final de Agosto.
In
Última edição: