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Lisboa: Vizinhos de Sócrates furiosos com barulho em São Bento

florindo

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Moradores da zona do Palácio de S. Bento foram surpreendidos com o ruído de motosserras às três horas da manhã na residência do primeiro-ministro. E ficaram indignados. Mas a responsabilidade foi da Carris.

Os vizinhos da residência oficial de José Sócrates acordaram, na madrugada de sábado, 14 de Maio, com o barulho de motosserras. Passava das três das manhã e os moradores da Lapa, em Lisboa, foram surpreendidos pelo corte de ramos do jardim de São Bento.

«Não encontro justificação para que o corte tenha sido feito àquela hora e sobretudo com serras eléctricas», critica Nuno Ferro, presidente da Junta da Lapa, que recebeu várias queixas por causa do ruído.

Os telefonemas também não pararam nessa noite, na 30.º esquadra da PSP, na Rua Miguel Lupi. A quem ligou, os agentes foram respondendo que nada podiam fazer, uma vez que havia uma autorização da Câmara de Lisboa para aquela operação, que implicou o corte da Calçada da Estrela.

Apesar das críticas dos moradores, a Carris tem uma justificação para o horário tardio do abate. «Este corte foi acordado para a madrugada de sábado, entre as quatro e as seis da manhã, para não afectar a circulação dos carros eléctricos», explica o secretário-geral da empresa, Luís Vale, sublinhando que em causa estava a carreira do eléctrico 28.

Câmara nega tratamento de favor

A Câmara de Lisboa, que emitiu a licença especial de ruído, explica que o pedido veio directamente da presidência do Conselho de Ministros e que foi autorizado pela Divisão de Controlo Ambiental da Direcção Municipal de Ambiente Urbano.

Fonte oficial do gabinete do vereador José Sá Fernandes esclarece que o regulamento geral _de ruído prevê que determinada actividade _ruidosa possa ser exercida entre as 20H00 e as 08H00 e durante _os fins-de-semana e feriados, mediante a concessão de uma licença especial de ruído através da Câmara Municipal».

Neste caso, justifica a mesma fonte, foi a «análise das circunstâncias» que determinou a autorização. «Porque a actividade a desenvolver obrigava à desactivação da catenária dos eléctricos que circulam na Calçada da Estrela. De forma a evitar maiores transtornos à cidade, os serviços optaram por emitir a licença».

O gabinete de Sá Fernandes sublinha ainda que o tratamento dado ao pedido da presidência do Conselho de Ministros não foi diferente do que teria o de outro qualquer munícipe.

«Qualquer cidadão pode solicitar uma licença especial de ruído», assegura a autarquia.

SOL
 
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