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Listas espera:CDS acusa MS de não utilizar todos os recursos
O CDS-PP acusou hoje o Ministério da Saúde (MS) de divulgar «indicadores contrários» aos revelados pelo Tribunal de Contas (TC) sobre doentes em lista de espera, criticando-o por não estar a utilizar «todas as capacidades instaladas».
Em declarações à agência Lusa a propósito do relatório de seguimento às recomendações formuladas no auditoria ao Acesso aos Cuidados de Saúde no SNS - Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), a deputada centrista Teresa Caeiro considerou que o documento mostra «o que o CDS tem vindo a denunciar», o não cumprimento dos «princípios de equidade e de universalidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)».
«Há dificuldades tremendas de acesso aos cuidados de saúde por parte dos utentes, que tornam o SNS profundamente injusto e desumano», referiu a deputada, acrescentando que os números do relatório do TC «vêm contrariar frontalmente os dados divulgados» pela ministra da Saúde no Parlamento.
«Em dois anos e meio surgiram mais de 300 mil novos utentes sem médico de família, quando ainda na última vez que foi ao Parlamento a ministra afirmou que tinha diminuído de 800 ou 700 mil para 500 mil. O TC vem agora dizer que são três vezes mais, quase 1 milhão e 500 mil. Como é que é possível? É inadmissível esta falta de transparência!», criticou Teresa Caeiro.
No documento, o TC recomenda ao Governo «medidas activas» para resolver a curto prazo os casos de utentes sem médico de família, que aumentaram entre 2006 e 2008, sublinha que não são ainda visíveis melhorias resultantes das Unidades de Saúde Familiar e sugere igualmente aos conselhos directivos das Administrações Regionais de Saúde que elaborem um plano de reafectação do pessoal médico aos utentes.
De acordo com o mesmo documento, entre Junho de 2006 e Junho de 2008 o número de médicos de família baixou em todas as regiões de saúde, com maior incidência no Alentejo, onde se registou uma quebra de 23 por cento, e o número de utentes inscritos aumentou (4,1 por cento a nível nacional).
Segundo o TC, em 31 de Dezembro de 2008 havia quase 1,5 milhões de utentes (1.474.532) sem médico de família no país, um aumento de 27 por cento relativamente a Junho de 2006 (1.164.635).
Para a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro o relatório do TC «vem mostrar que o SNS actualmente está a sacrificar os doentes a uma certa visão do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não reconhece que para fazer face as necessidades dos doentes é preciso que o sistema nacional de saúde, incluindo o SNS, recorra a todas as capacidades instaladas no país, seja no sector social ou no privado».
Caeiro disse ainda que «fruto da falta de planeamento do ministério nos últimos anos», algo que admitiu «ultrapassar mesmo este governo», nos próximos anos o país vai «assistir a um número de médicos de família a reformarem-se sem que haja médicos para repor esse número».
Em relação às consultas de especialidade, a deputada Teresa Caeiro defendeu a criação de «um sistema de recuperação das listas de espera, à semelhança do que foi feito para as cirurgias. Findo o tempo máximo de espera o utente deve receber um vale consulta para ser reencaminhado para o sector social ou para o privado».
«É preciso fazer alguma coisa urgentemente para a organização mais eficaz e mais produtiva dos serviços (...) esta visão estritamente pública e ultrapassada está sacrificar os doentes dia após dia», concluiu.
O CDS-PP acusou hoje o Ministério da Saúde (MS) de divulgar «indicadores contrários» aos revelados pelo Tribunal de Contas (TC) sobre doentes em lista de espera, criticando-o por não estar a utilizar «todas as capacidades instaladas».
Em declarações à agência Lusa a propósito do relatório de seguimento às recomendações formuladas no auditoria ao Acesso aos Cuidados de Saúde no SNS - Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), a deputada centrista Teresa Caeiro considerou que o documento mostra «o que o CDS tem vindo a denunciar», o não cumprimento dos «princípios de equidade e de universalidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS)».
«Há dificuldades tremendas de acesso aos cuidados de saúde por parte dos utentes, que tornam o SNS profundamente injusto e desumano», referiu a deputada, acrescentando que os números do relatório do TC «vêm contrariar frontalmente os dados divulgados» pela ministra da Saúde no Parlamento.
«Em dois anos e meio surgiram mais de 300 mil novos utentes sem médico de família, quando ainda na última vez que foi ao Parlamento a ministra afirmou que tinha diminuído de 800 ou 700 mil para 500 mil. O TC vem agora dizer que são três vezes mais, quase 1 milhão e 500 mil. Como é que é possível? É inadmissível esta falta de transparência!», criticou Teresa Caeiro.
No documento, o TC recomenda ao Governo «medidas activas» para resolver a curto prazo os casos de utentes sem médico de família, que aumentaram entre 2006 e 2008, sublinha que não são ainda visíveis melhorias resultantes das Unidades de Saúde Familiar e sugere igualmente aos conselhos directivos das Administrações Regionais de Saúde que elaborem um plano de reafectação do pessoal médico aos utentes.
De acordo com o mesmo documento, entre Junho de 2006 e Junho de 2008 o número de médicos de família baixou em todas as regiões de saúde, com maior incidência no Alentejo, onde se registou uma quebra de 23 por cento, e o número de utentes inscritos aumentou (4,1 por cento a nível nacional).
Segundo o TC, em 31 de Dezembro de 2008 havia quase 1,5 milhões de utentes (1.474.532) sem médico de família no país, um aumento de 27 por cento relativamente a Junho de 2006 (1.164.635).
Para a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro o relatório do TC «vem mostrar que o SNS actualmente está a sacrificar os doentes a uma certa visão do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não reconhece que para fazer face as necessidades dos doentes é preciso que o sistema nacional de saúde, incluindo o SNS, recorra a todas as capacidades instaladas no país, seja no sector social ou no privado».
Caeiro disse ainda que «fruto da falta de planeamento do ministério nos últimos anos», algo que admitiu «ultrapassar mesmo este governo», nos próximos anos o país vai «assistir a um número de médicos de família a reformarem-se sem que haja médicos para repor esse número».
Em relação às consultas de especialidade, a deputada Teresa Caeiro defendeu a criação de «um sistema de recuperação das listas de espera, à semelhança do que foi feito para as cirurgias. Findo o tempo máximo de espera o utente deve receber um vale consulta para ser reencaminhado para o sector social ou para o privado».
«É preciso fazer alguma coisa urgentemente para a organização mais eficaz e mais produtiva dos serviços (...) esta visão estritamente pública e ultrapassada está sacrificar os doentes dia após dia», concluiu.
Diário Digital / Lusa