kokas
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No espaço de 48 horas quatro unidades navais russas estiveram próximo das costas britânicas ou de suas águas territoriais. Para Londres, cujas relações com Moscovo estão num ponto baixo, esta presença é provocatória.
O Natal da marinha de guerra britânica foi vivido em estado de alerta elevado devido à presença "em águas de interesse nacional" de quatro unidades da marinha de guerra russa entre sábado e segunda-feira, confirmou ontem o ministro da Defesa do governo de Londres, Gavin Williamson.
O movimento das unidades navais russas foi caracterizado como um "aumento inusitado" por um porta-voz da marinha de guerra britânica, fazendo notar que o nível de atividade naval da Rússia não tem precedentes desde o fim da Guerra Fria, ou seja, desde há mais de 25 anos. Entre os navios russos que se aproximaram da costa britânica, estava uma das unidades mais recentes, a fragataAlmirante Gorshkov, que se encontra em fase de treino operacional, e um navio vocacionado para a guerra eletrónica e a recolha de informações. A presença dos navios russos mobilizou as fragatas HMS St. Albans, que integra a força de reação rápida, e o navio-patrulha HMS Tyne. Falando ontem, Gavin Williamson garantiu que "os britânicos nunca se deixarão intimidar no momento de defender o nosso país, o nosso povo e o nosso interesse nacional".
O responsável pela pasta da Defesa britânico sublinhou que não hesitará na defesa das "nossas águas territoriais" ou pactuará "com qualquer forma de agressão".
A presença da Almirante Gorshkov foi assinalada no dia 23, deslocando-se no Mar do Norte, proveniente de uma das bases da marinha russa no Mar de Barents, tendo o HMS St. Albansacompanhado os seus movimentos até se tornar claro que aquele navio se afastava de águas territoriais britânicas. O HMS St. Albans estava ontem de regresso à base de Portsmouth, tendo a marinha britânica divulgado fotografias em infravermelho, realizadas a partir de um helicóptero, do movimento dos dois navios bastante próximos um do outro, em águas algo agitadas.
O segundo incidente sucedeu na véspera de Natal, quando um navio apenas caracterizado como de "recolha de informações" e guerra eletrónica passou do Mar do Norte para o Canal da Mancha, navegando seguidamente no Atlântico. Segundo a marinha britânica, ainda num terceiro incidente, um helicóptero Wildcat sobrevoou outras duas unidades navais russas que, aparentemente, pareciam navegar para o Canal da Mancha. Embora seja parte integrante da doutrina de Defesa do Reino Unido vigiar todos os navios russos que se aproximam das suas águas territoriais, também é norma a não divulgação de muitos detalhes destes incidentes.
A Almirante Gorshkov já devia ter entrado ao serviço em 2013, mas dificuldades técnicas impediram a sua concretização. E faltam ainda a realização de testes dos sistemas de armas da fragata.
Em janeiro de 2017, o grupo de combate do porta-aviõesAlmirante Kuznetsov, na passagem pelo Canal da Mancha, no regresso da Síria, foi vigiado por um navio de guerra britânico e por três caças Typhoon, tal como sucedera em outubro de 2016 na viagem de ida para o Médio Oriente. Nesta primeira viagem, as unidades russas passaram também na Zona Económica Exclusiva de Portugal, tendo sido acompanhados por uma fragata e um avião P-3.
Os navios russos podem, à luz do direito marítimo internacional, passar junto das costas britânicas, mas Londres considera que estas passagens se revestem de natureza provocatória.
A presença do Almirante Gorshkov próximo de águas territoriais britânicas, e das restantes unidades russas, sucede num momento em que as relações entre Londres e Moscovo estão num ponto particularmente baixo, que teve origem no assassínio do ex-agente dos serviços secretos russos, o FSB, Alexandre Litvinenko, em Londres, em 2006. Os britânicos acusaram um antigo agente russo, Andrei Lugovoy, da autoria da morte de Litvinenko, pedindo a sua extradição, o que Moscovo recusou.
O caso, em paralelo com a intervenção russa no Leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia em 2014, conduziram a um assinalável esfriamento nas relações bilaterais, como ficou claro durante a visita de Boris Johnson a Moscovo na passada semana.
dn
O Natal da marinha de guerra britânica foi vivido em estado de alerta elevado devido à presença "em águas de interesse nacional" de quatro unidades da marinha de guerra russa entre sábado e segunda-feira, confirmou ontem o ministro da Defesa do governo de Londres, Gavin Williamson.
O movimento das unidades navais russas foi caracterizado como um "aumento inusitado" por um porta-voz da marinha de guerra britânica, fazendo notar que o nível de atividade naval da Rússia não tem precedentes desde o fim da Guerra Fria, ou seja, desde há mais de 25 anos. Entre os navios russos que se aproximaram da costa britânica, estava uma das unidades mais recentes, a fragataAlmirante Gorshkov, que se encontra em fase de treino operacional, e um navio vocacionado para a guerra eletrónica e a recolha de informações. A presença dos navios russos mobilizou as fragatas HMS St. Albans, que integra a força de reação rápida, e o navio-patrulha HMS Tyne. Falando ontem, Gavin Williamson garantiu que "os britânicos nunca se deixarão intimidar no momento de defender o nosso país, o nosso povo e o nosso interesse nacional".
O responsável pela pasta da Defesa britânico sublinhou que não hesitará na defesa das "nossas águas territoriais" ou pactuará "com qualquer forma de agressão".
A presença da Almirante Gorshkov foi assinalada no dia 23, deslocando-se no Mar do Norte, proveniente de uma das bases da marinha russa no Mar de Barents, tendo o HMS St. Albansacompanhado os seus movimentos até se tornar claro que aquele navio se afastava de águas territoriais britânicas. O HMS St. Albans estava ontem de regresso à base de Portsmouth, tendo a marinha britânica divulgado fotografias em infravermelho, realizadas a partir de um helicóptero, do movimento dos dois navios bastante próximos um do outro, em águas algo agitadas.
O segundo incidente sucedeu na véspera de Natal, quando um navio apenas caracterizado como de "recolha de informações" e guerra eletrónica passou do Mar do Norte para o Canal da Mancha, navegando seguidamente no Atlântico. Segundo a marinha britânica, ainda num terceiro incidente, um helicóptero Wildcat sobrevoou outras duas unidades navais russas que, aparentemente, pareciam navegar para o Canal da Mancha. Embora seja parte integrante da doutrina de Defesa do Reino Unido vigiar todos os navios russos que se aproximam das suas águas territoriais, também é norma a não divulgação de muitos detalhes destes incidentes.
A Almirante Gorshkov já devia ter entrado ao serviço em 2013, mas dificuldades técnicas impediram a sua concretização. E faltam ainda a realização de testes dos sistemas de armas da fragata.
Em janeiro de 2017, o grupo de combate do porta-aviõesAlmirante Kuznetsov, na passagem pelo Canal da Mancha, no regresso da Síria, foi vigiado por um navio de guerra britânico e por três caças Typhoon, tal como sucedera em outubro de 2016 na viagem de ida para o Médio Oriente. Nesta primeira viagem, as unidades russas passaram também na Zona Económica Exclusiva de Portugal, tendo sido acompanhados por uma fragata e um avião P-3.
Os navios russos podem, à luz do direito marítimo internacional, passar junto das costas britânicas, mas Londres considera que estas passagens se revestem de natureza provocatória.
A presença do Almirante Gorshkov próximo de águas territoriais britânicas, e das restantes unidades russas, sucede num momento em que as relações entre Londres e Moscovo estão num ponto particularmente baixo, que teve origem no assassínio do ex-agente dos serviços secretos russos, o FSB, Alexandre Litvinenko, em Londres, em 2006. Os britânicos acusaram um antigo agente russo, Andrei Lugovoy, da autoria da morte de Litvinenko, pedindo a sua extradição, o que Moscovo recusou.
O caso, em paralelo com a intervenção russa no Leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia em 2014, conduziram a um assinalável esfriamento nas relações bilaterais, como ficou claro durante a visita de Boris Johnson a Moscovo na passada semana.

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