- Entrou
- Abr 10, 2008
- Mensagens
- 3,080
- Gostos Recebidos
- 1
A Câmara de Loulé garantiu ontem que continua a opor-se à co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Cimpor no concelho e apenas aprovou em Abril de 2008 a construção de um armazém para queima de resíduos de biomassa vegetal.
O projecto aprovado, garante a autarquia, "reporta-se exclusivamente à construção de um armazém para instalação de recepção, armazenagem, extracção, dosagem, transporte e queima de resíduos de biomassa vegetal, nomeadamente os resíduos verdes provenientes de jardins e espaços adjacentes, e não de resíduos perigosos", assegurou o presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, citado pela Lusa. O autarca explicou que estão em causa situações distintas, porque a Cimpor apresentou dois projectos à autarquia, "um de queima de biomassa animal e outro respeitante a biomassa vegetal".
"Após análise deste segundo pedido da Cimpor, verificou-se que o mesmo indicava apenas estruturas para 'biomassa vegetal' e que foi retirado o equipamento referido como 'silo de farinha animal'", precisou Seruca Emídio. Mas para Castanheira Barros, que representa as câmaras de Setúbal, Sesimbra e Palmela nos processos contra a co-incineração no Outão, a Câmara de Loulé abriu mão do único trunfo que tinha ao aprovar a construção do armazém. "O problema é que a co-incineração dos resíduos banais é a porta de entrada para os resíduos perigosos. Este é o primeiro passo para a cimenteira vir a obter a licença de resíduos perigosos", considerou Castanheira Barros.
O advogado sublinhou que, "se mais tarde, a Cimpor solicitar à Agência Portuguesa do Ambiente licença para queima de resíduos perigosos, a Câmara Municipal de Loulé nada pode fazer para impedir".
Público