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Roter.Teufel

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Lula volta à pressa à COP30 após chuva de críticas para tentar evitar fracasso

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Falta de condições e impasse em chegar a qualquer tipo de acordo já vão caracterizando a conferência deste ano como um fracasso.

Lula da Silva, que tinha previsto voltar à cidade de Belém do Pará somente na próxima sexta-feira, para o encerramento da conferência mundial sobre mudanças climáticas, COP30, deve voltar ainda no final desta terça-feira para a capital paraense para tentar evitar o rotundo fracasso do evento que alguns já vaticinam. Promovida pela ONU, Organização das Nações Unidas, mas com a organização a cargo do governo de Lula da Silva, a conferência, iniciada dia 10, não consegue destravar impasses nos temas mais importantes, suscita descontentamentos de delegações e participantes de todo o mundo, e tem recebido uma chuva de críticas por falhas impensáveis num evento desta importância.

A própria ONU, geralmente muito mais discreta e diplomática, perdeu a paciência e enviou uma carta directamente a Lula no final da semana passada criticando a demora em se conseguir avançar nas negociações até de questões mais simples, e exigindo medidas imediatas para sanar falhas grotescas de organização. Entre elas, e isso deixou estupefactos e irritados membros das delegações dos países, falta de água, toalhas e papel nas casas de banho, frequentes faltas de energia, limpeza inadequada das instalações e desorganização generalizada.

Até os jornalistas, habituados a trabalhar em condições extremas em várias partes do planeta sem reclamar, perderam a paciência e reclamaram publicamente das condições que lhes estão a ser oferecidas. Na Sala de Imprensa, onde se concentram repórteres de todos os continentes, o cheiro a gasóleo, provavelmente proveniente dos geradores que tentam manter em funcionamento a conferência da sustentabilidade, é tão forte que muitos nem conseguem trabalhar lá dentro, e a internet ou está em baixo ou muito lenta.

Nos arredores da gigantesca sede da COP30, onde se tem de andar quilómetros, o cenário também não é melhor. Foram gastos milhares de milhões de euros para erguer os espaços da COP30, mas as ruas em redor continuam a mostrar a dura realidade que os habitantes de Belém enfrentam o ano inteiro, o serviço de transportes criado exclusivamente para o evento funciona mal, demora e está sempre a abarrotar, e donos de bares, restaurantes e hotéis estão a cobrar preços absolutamente extorsivos, de que até o governo da rica Suiça reclamou.

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, desabafou no Parlamento alemão que ele e todos a quem perguntou o que tinham achado de Belém “se sentiram felizes por deixar aquele lugar”. Lula, que não criticou a declaração por ter pedido e estar à espera de uma doação da Alemanha para o seu Fundo das Florestas, entendeu o recado e vai correr para Belém e usar o seu poder de negociação e de persuasão para tentar salvar a conferência costurando algum resultado concreto.

Correio da Manhã
 
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