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Notícias Médica doa herança de mil milhões e elimina propinas a alunos de medicina

Lordelo

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Uma mulher decidiu usar uma fortuna no valor de mil milhões de dólares (mais de 921 milhões de euros), deixada pelo marido, para eliminar as propinas de um curso de medicina numa escola de Nova Iorque, nos Estados Unidos.






A história é contada pela publicação The New York Times, que relata como a amizade entre Ruth Gottesman e Philip Ozuah, dois médicos, vai ajudar muitos jovens a seguir medicina.


A imprensa norte-americana refere que esta é uma das maiores doações a uma instituição de ensino nos EUA - e, provavelmente, a maior a uma escola de medicina -, mas que não só por isso é incrível: a doação será destinada a uma instituição localizada no Bronx, uma das zonas mais pobres da cidade e onde as taxa de mortes prematuras é uma das mais elevadas.


Gottesman e Ozuah sedimentaram a sua relação durante uma viagem de avião até à Florida em 2020. Foi durante esta viagem que ambos falaram da sua infância, separada por três décadas, e também do seu percurso profissional – que em ambos os casos passou pela instituição que vai agora receber esta doação, a Universidade de Medicina Albert Einstein.


Semanas depois, a pandemia de Covid-19 arrasou o mundo e Ruth e o seu marido, David Gottesman, ficaram doentes. Ele com sintomas mais graves do que ela. Durante este período mais crítico, Philip Ozuah quis saber como o casal estava todos os dias. “Foi assim que a amizade evoluiu”, explicou o médico, referindo que provavelmente os visitou durante cerca de três semanas.


Três anos depois, Ozuah convidou Gottesman para fazer parte do painel de conselheiros da universidade, papel que esta já tinha assumido, mas acabou por receber o convite com surpresa, dado que já estava na casa dos 90 anos.


Foi em 2022, aos 96 anos, que morreu o marido de Ruth, que arrecadou a sua fortuna como financeiro em Wall Street. “Sem eu saber, deixou-me ações na Berkshire Hathaway”, contou ao New York Times, explicando que a herança vinha com instruções: “Faz o que achares melhor com elas”.


Apesar de não querer pensar no que fazer com a fortuna nos primeiros tempos, foram os filhos que a encorajaram a fazê-lo e, segundo conta, foi quando começou a pensar no destino a dar ao dinheiro que, de imediato, percebeu aonde este pertencia. “Queria financiar estudantes na [universidade] Einstein para que eles não pagassem propinas”, apontou. Segundo aponta o Times, as propinas rondam os 60 mil dólares (mais de 55 mil euros) anuais, com muitos estudantes a terminarem o curso com uma dívida no valor de 200 mil dólares (mais de 184 mil euros) – crédito muitas vezes necessário para aceder ao ensino superior nos Estados Unidos.


A mulher, médica e professora na instituição em causa, e hoje com 93 anos, defendeu que não só as doações iam permitir que muitas pessoas terminassem os seus estudos sem dívidas, como também deixar que pessoas de outras classes sociais conseguissem seguir o sonho de serem médicos. “Temos médicos incríveis, mas esta doação vai criar oportunidades para estudantes cujo estatuto económico não lhes permite sequer ingressar em faculdades de medicina”, sublinhou, acrescentando: “É isso que me deixa feliz”.


A mulher confessou ainda que muitas vezes pensa no que o marido acharia desta ideia. “Espero que ele esteja feliz e não a resmungar”, apontou, explicando que dada a oportunidade, acredita que o marido “estaria feliz” com a sua decisão.

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