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Mafalda Veiga apresenta “Chão” em Quarteira

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Mafalda Veiga apresenta “Chão” em Quarteira

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Depois de “Lado A Lado” com João Pedro Pais, Mafalda Veiga regressa aos discos originais com nome próprio com o lançamento, em Abril passado, do álbum “Chão”, com produção a cargo de Miguel Ferreira, um dos elementos dos Clã.

Compositora, escritora e intérprete, Mafalda Veiga conta já com 20 anos de carreira e reúne na sua discografia oito álbuns a solo e um dueto com João Pedro Pais.

No concerto em Quarteira, inserido no 9.º aniversário de elevação a cidade, a cantora vai reviver alguns dos seus maiores êxitos e apresentar temas do seu novo álbum.

Em entrevista ao Região Sul, a artista fala do seu regresso, das novas sonoridades descobertas ao longo dos últimos anos e dos vários sentidos que o conceito “chão” adquire no álbum.

Região Sul: “Chão” é o nome do álbum que marca o seu regresso depois da colaboração com João Pedro Pais em “Lado A Lado”. Como o descreve, quer em termos de sonoridades, quer em termos de escrita?

Mafalda Veiga: Eu acho que de todos os meus discos é o mais conseguido, pelo menos é aquele com o qual eu me sinto mais contente com o resultado final a todos os níveis. Foram canções que fiz com imenso prazer ao longo de um tempo em que estive também a tocar e com outros projectos e, por outro lado, gostei muito do trabalho com os músicos, dos arranjos e de dividir a produção com Miguel Ferreira, que é teclista dos Clã. Acho que conseguimos uma equipa que chegou muito rapidamente a uma sintonia quanto ao conceito que eu queria para este disco e acabou por ser aquele em que no final estava mais contente com o resultado, o que ficou mais próximo do que tinha pensado e queria conseguir.

R.S.: Do que difere este álbum dos anteriores?

M.V.: Tem coisas diferentes. Continua a prevalecer neste disco o lado mais acústico mas com variantes, por exemplo em vez da guitarra acústica, em muitos temas usámos uma guitarra dobro, o banjo, outro tipo de sonoridade e por outro lado, tem a ver com pop que tenho ouvido nos últimos anos e que me atrai, um pop que mistura influências, tanto da música clássica, como da música pop/rock e da música folk. No fundo, aquilo que tentámos também na produção foi limpar as canções, tornar os arranjos pouco densos para as canções poderem respirar. Acho que os arranjos potenciam muito o que as canções são, tanto o lado mais extrovertido de algumas, como o lado mais sensível e mais íntimo de outras.

R.S.: E em “Chão” do que falam as letras?

M.V.: Eu como sou uma escritora de canções, falo sempre um bocadinho do meu universo, das coisas que vou vivendo, das experiências que vou tendo, daquilo que sinto, daquilo que penso, sobre o que me vai acontecendo na vida. Este disco é muito isso também. Por outro lado, em cada canção, uma coisa que eu reparei a meio do processo de composição, acho que foi um conceito que quis muito tentar decifrar, o da palavra “chão” em muitos sentidos. E em cada canção acho que abordo isso num sentido diferente. Quando cheguei ao final achei que este disco falava de “chão” nesses vários sentidos e falava de “chão” porque chão para mim é o facto de eu escrever canções, essa é a base do meu caminho e do meu trabalho.

R.S.: “Chão” entrou directamente para o segundo lugar do top de álbuns mais vendidos em Portugal. Sente que este é o seu melhor disco?

M.V.: Eu acho que pelas razões que eu disse mas há outros discos que eu adoro. Eu sou muito ligada ao “Tatuagem” também, o disco que eu gravei ao vivo também vendeu muito bem e gostei muito de gravar. Há muitos discos a que estou ligada. Mas pelas razões que já disse há bocado, eu acho que este é o mais conseguido.

R.S.: Como surgiu a ideia de colaboração com Miguel Ferreira, teclista dos Clã?

M.V.: Foi uma proposta da Paula Homem da minha editora. Eu não conhecia pessoalmente o Miguel Ferreira e queria uma pessoa para dividir a produção comigo, que me trouxesse outro tipo de ideias e que me ajudasse a passar aos músicos aquelas que eu trazia. E foi muito bom trabalhar com ele.

R.S.: O que está reservado para o espectáculo em Quarteira?

M.V.: Eu vou cantar as canções deste disco, não direi todas mas vou cantar bastantes. E vou cantar outras canções mais antigas. Uma das coisas boas da música é trazer as canções connosco e abordá-las de outra maneira e recriá-las ao vivo. Esse é um prazer que a música tem e dá e é isso que vou fazer em Quarteira amanhã.



Cristina Elói
16:31 segunda-feira, 12 maio 2008
 
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