kokas
Banido
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3

Carla Baptista foi mãe pela primeira vez com 38 anos. Mariana tem agora 4 meses. Embora tenha nascido em Lisboa, atualmente estão a viver em Portalegre, um dos distritos com menos nascimentos, mas que tem conseguido melhorar
Julho confirmou e reforçou o aumento de nascimentos no primeiro semestre. Este pode ser o ano de viragem na curva demográfica
Dia 7 de agosto. Nas conversas de corredores e às grávidas que foram à consulta nesse dia comenta-se o animado da noite de 5 para 6. Terão nascido nove bebés. Célia Neves, pediatra e membro da antiga comissão de trabalhadores, esteve de serviço nesse dia. As 30 camas que habitualmente disponíveis não chegaram para as recém mamãs, internadas naquele dia e nos anteriores. "Foram preciso mais sete camas. Lembro-me de termos comentado que parecia noite de lua cheia. A sala de espera para admissão na urgência estava cheia de grávidas. Foi uma boa agitação. Há muito tempo que não se via uma coisa assim. Mas houve resposta para todas, sem problemas. Uma colega da pediatria voluntariou-se para reforçar as visitas aos bebés e ajudar no aleitamento", conta.
Será este um ano de mudança? Se a tendência registada nos primeiros sete meses deste ano se mantiver, sim. Nasceram mais 1500 bebés em relação ao mesmo período do ano passado. Até ao final de julho nasceram 47 886 crianças, contra as 46 386 nascidas no ano passado. Os dados são referentes ao teste do pezinho, realizado pelo Instituto Ricardo Jorge, e que dão números muito próximos da realidade (ver infografia). O sinal é positivo e julho parece reforçar a tendência que se verificou no primeiro semestre, pois significou um acréscimo de 450 nascimentos.
"Se se mantiver a tendência observada nos últimos dois semestres - o último do ano passado e o primeiro deste ano -, entramos em recuperação. A expectativa é que tenhamos um número de nascimentos superior ao de 2014. Mesmo que não seja muito grande, é sempre significativo quanto temos um declínio grande desde 2010. Nos últimos anos perdemos cerca de 18% de natalidade. Ter um número mais elevado será um marco", afirma ao DN Maria Filomena Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Demografia, embora saliente que ainda é cedo para dizer se é uma subida sustentável.
dn