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Mais de cem pessoas sugeriram nomes para espécies endémicas dos Açores

billshcot

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Nov 10, 2010
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Mais de cem pessoas sugeriram nomes comuns para 12 espécies endémicas dos Açores na sequência de uma iniciativa lançada na rede social Facebook para "baptizar insectos" que apenas existem no arquipélago e divulgar o património natural único açoriano.

A iniciativa 'Chama-lhe Nomes', que decorreu em 2012, foi lançada no Facebook pelo Grupo da Biodiversidade dos Açores, cujo coordenador é Paulo Borges, e desafiava à criatividade para que fossem encontrados nomes comuns para 12 espécies endémicas de insectos do arquipélago, e que continuam a ser conhecidas apenas pelo seu nome científico, formado por duas palavras em latim.

“Foi um sucesso. Das muitas pessoas que visitaram a página, 132 sugeriram nomes para estas espécies de insectos endémicos”, disse à Lusa Isabel Amorim do Rosário, coordenadora do projecto, salientando que surgiram nomes criativos e "muito engraçados".

Um desses casos foi o nome sugerido para um escaravelho aquático nocturno, que existe nas ilhas açorianas, à excepção da Graciosa, e que ficou baptizado por aguarelho e que pode ser encontrado à noite nas ribeiras e lagoas de altitude.

Mas há outros nomes criativos, como é o caso do que foi sugerido para um carocho nocturno, que existe na Laurissilva, e que ostenta agora o nome comum de laurocho, na sequência de uma sugestão de alunos de uma escola em Ponta Delgada.

"Há ainda um outro nome comum engraçado referente a um insecto que só vive um dia na fase adulta e ficou baptizado com o nome comum 'undiassó' e ainda outro referente a um insecto que se assemelha a uma mosca e que ficou com o nome comum 'quasi mosca'", acrescentou.

Isabel Amorim do Rosário explicou que o critério usado para a escolha destes nomes foi “sobretudo a criatividade”, mas "as sugestões foram dadas com base no aspecto morfológico do insecto, imagem apresentada, características do habitat, ilhas onde aparecia e função no ecossistema", considerando que foi alcançado o grande objectivo de "divulgação da biodiversidade".

Estes nomes escolhidos como os mais criativos já estão no Facebook e vão ser introduzidos também na próxima actualização do site do portal da Biodiversidade dos Açores, com o nome dos seus autores.

Segundo Isabel Amorim, "o primeiro passo para a conservação das espécies únicas que existem nos Açores é precisamente dá-las a conhecer, a par da conservação e restauração dos seus habitats".

"A verdade é que as pessoas, provavelmente, na natureza não irão ver estes bichos, porque são muito pequenos e vivem em habitas em que normalmente as pessoas não andam, mas o grande objectivo era dar a conhecer esta grande biodiversidade e que existe um património único dos Açores", vincou.

Uma iniciativa que provavelmente os seus promotores irão estender a outros grupos de espécies que só existem nos Açores, como o caso de plantas, musgos ou caracóis para dar também a conhecer a biodiversidade noutras áreas.

nmt
 
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