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Roter.Teufel

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Marcelo não interveio na situação dos desacatos em Lisboa para dar "primazia ao Governo" e não se "sobrepor"

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Presidente da República diz que vai aguardar pelas medidas de Executivo, na expectativa que estas respondam aos problemas que afligem os moradores das áreas afetadas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou que decidiu não intervir na situação dos tumultos na área da Grande Lisboa para poder dar "primazia ao Governo" e não se "sobrepor".

Em declarações à CMTV, o Chefe de Estado referiu que tem acompanhado a escalada de violência que se tem registado na capital devido à morte de um homem baleado pela PSP. "Não há democracia sem segurança nem ordem pública e não há segurança, nem ordem pública sem forças de segurança", apontou, criticando os eventos que tê marcado as últimas horas.

Apesar de ver com preocupação os eventos, diz que vai aguardar pelas medidas de Executivo, na expectativa que estas respondam aos problemas que afligem os moradores das áreas afetadas.

"Limito-me a fazer o apelo e a manter as pontes do diálogo com os autarcas. Eu vou manter-me informado. A maioria esmagadora dos moradores que resolver os problemas, mas quer resolvê-los em paz", disse.

Marcelo disse que ainda não contactou a família de Odair Moniz, a vítima, nem o agente da PSP que efetuou o disparo.

Morto a tiro pela PSP
Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Segundo a direção nacional da PSP, o homem pôs-se "em fuga" de carro depois de ver uma viatura policial na Avenida da República, na Amadora, e "entrou em despiste" na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca".

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigem uma investigação "séria e isenta" para apurar "todas as responsabilidades", considerando que está em causa "uma cultura de impunidade" nas polícias. De acordo com os relatos recolhidos no bairro pelo Vida Justa, o que houve foram "dois tiros num trabalhador desarmado".

60 ocorrências

A PSP registou 60 ocorrências de desordem e de incêndio na Grande Lisboa entre o final de terça-feira e o início desta quarta-feira. Segundo o balanço divulgado pela autoridade, dois agentes ficaram feridos nos concelhos da Amadora e Oeiras por arremesso de pedras e dois civis, passageiros de um autocarro vandalizado, foram esfaqueados, durante ações de retaliação.

Correio da Manhã
 
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