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Marina Rinaldi submeteu-se a uma cirurgia para mudar de sexo, há dois anos, e agora aposta na carreira de treinadora no clube onde chegou a ser guarda-redes na juventude.
O San Michele Rufoli, equipa do nono e último escalão do futebol italiano, é, por estes dias, notícia. Não necessariamente pelos seus resultados desportivos, mas pela equipa técnica: Marina Rinaldi, 33 anos, é a primeira treinadora transexual a treinar em Itália e sonha superar preconceitos e chegar, um dia, à Série A.
Rinaldi jogou, durante vários anos, futebol amador, precisamente como guarda-redes do San Michele Rufoli, mas em 2013 teve de parar. O motivo foi a decisão de submeter-se a uma cirurgia para mudar de sexo, algo que já tinha planeado desde os 24 anos. "Desde criança, sentia-me menina. Na escola primária, apaixonei-me por um colega. Depois, durante a adolescência, só me identificava com personagens femininas na televisão. Gostava de me vestir como mulher e sempre gostei de rapazes", contou, em entrevista à BBC.
O futebol, inicialmente, surgiu como uma espécie de "terapia". "Julgava que estando num meio mais masculino poderia ter outras sensações e procurar a normalidade. Mas não foi assim. Descarregava toda a minha frustração nos treinos e nas partidas. Tinha medo de desapontar a minha família. Mas quando contei, deram-me apoio total, inclusivamente económico", revelou.
A cirurgia foi efetuada na Tailândia, há dois anos. Já como mulher, Marina pôde regressar ao desporto que a apaixona, o futebol, mas desta vez não como jogador, mas como treinadora. E contra qualquer preconceito da Igreja Católica, Rinaldi foi convidada por um padre para treinar o clube.
Foi em 2014 que o San Michele Rufoli convidou a treinadora para orientar a equipa, constituída por jovens amadores, muitos deles estudantes. "Ela sempre esteve envolvida em projetos sociais destinados aos jovens da nossa comunidade. Então, convidámo-- la para treinadora", revelou Michele Alfano, um dos responsáveis pela equipa da cidade de Salerno, a 60 quilómetros de Nápoles.
dn