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Segundo um estudo do Alascca, do Karolinska Institute, em Estocolmo, um medicamento comum pode vir a ser a solução contra o cancro colorretal. Explicam que apenas uma toma diária pode vir a reduzir para metade o risco de vir a ter esta doença.
De acordo com o estudo, o medicamento em causa é a aspirina. Concluíram que nos casos de pessoas em que o tumor foi retirado o risco de voltar a ter a doença nos três anos seguintes tinha sido reduzido para metade. A comparação foi feita com um grupo de pacientes que tomou placebo.
"Acredito que isto mudará a prática clínica. Com estas mutações, o risco do cancro voltar foi reduzido em mais de 50%. É um efeito enorme”, diz nna Martling, que liderou o estudo da Alascca.
Os número de casos de cancro colorretal tem vindo a aumentar em todo o mundo em pessoas com menos de 50 anos. Embora as razões não sejam conhecidas, os cientistas apontam que o consumo de junk food, obesidade, e a falta de atividade física estão entre as principais razões.
Como um medicamento pode ajudar na luta contra cancro colorretal
Em estudos anteriores foi revelado que a aspirina poderia ajudar a prevenir o cancro colorretal em pessoas com condições hereditárias específicas, como é o caso da síndrome de Lynch.
Neste estudo, foram acompanhados mais de 3.500 pacientes que removeram o tumor. Nos teste genéticos, 1.103 pacientes, cerca de 37%, tinha uma mutação genética que implicava o cancro colorretal.
Durante três anos, um grupo tomou uma dose de aspirina e o restante placebo. Os que tomaram o medicamento tiveram 55% menos hipótese de voltar a ter o cancro.
"Prevenir casos de cancro salva vidas, e encontrar novas maneiras de fazer isso é fundamental para os esforços de combate à doença. Há evidências crescentes de que, em certos grupos de pessoas, a aspirina em baixas doses pode oferecer proteção contra o cancro do intestino”, explica Catherine Elliott.
Revela que este tipo de teste pode vir a ser também útil contra outros tipos de cancro no futuro. “Precisamos de estudos maiores e de alta qualidade, como esta pesquisa recente, para confirmar quem beneficiaria mais ao tomar aspirina para ajudá-los a viver vidas mais longas e melhores, livres do medo do cancro.”
Os primeiros sintomas de cancro colorretal a que tem de estar atento
A oncologista Marcela Crosara explica ao Metrópoles que, sem tratamento, este tipo de cancro pode bloquear o intestino do doente e, numa questão de meses, levar à morte. "É por isso que chamo sempre à atenção para o exame de colonoscopia [consiste na introdução de um tubo pelo ânus que permite visualizar todo o reto e cólon).
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Em declarações ao mesmo jornal, o oncologista Nilson Correia refere que os primeiros sinais são inespecíficos. "Quando o tumor produz vários sintomas associados, muitas vezes já está numa fase mais avançada", explica.
Diarreia ou prisão de ventre, sangue nas fezes, cólicas, dor ao evacuar e sensação de que o intestino não ficou totalmente vazio depois de fazê-lo, perda de apetite, fadiga, mudanças no aspeto das fezes e vómitos são alguns dos sintomas a que deve estar atento.
Contudo, recorde-se que ter um ou mais dos sintomas não significa que tem cancro colorretal. Em caso de suspeita de cancro, deve dirigir-se a um gastrenterologista, a um cirurgião geral ou em alternativa, oncologista.
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