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Menino morre no riacho para onde foi atirado

florindo

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Uma empregada de um restaurante diz ter sido atacada por cinco indivíduos, que a roubaram e atiraram o filho, de dois anos, para um riacho, em Rio de Mouro (Sintra), onde morreu. Moradores e amigos da vítima falam em "ajuste de contas". A PJ está a investigar o crime.

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"Ai o meu bebé, ai o meu bebé", os gritos de Sandra R., de 27 anos, ecoaram na noite de anteontem no jardim da Serra das Minas, em Rio de Mouro, quando já se encontrava com o seu filho, de dois anos, sem vida, nos braços.

O pequeno Tiago morreu afogado no riacho que atravessa o jardim, ponto de passagem entre o Bairro da Serra das Minas e as Mercês, ao que tudo indica, na sequência de um ataque à sua mãe.

Segundo fonte policial, Sandra R. terá revelado que dois homens encapuzados a terão abordado quando ela seguia naquele local, rumo à sua residência, perto das 22.30 horas. Pouco depois, apareceram mais três indivíduos que a agarraram, retiraram-lhe a criança do colo, ameaçaram-na e acabaram por atirar o bebé para dentro de água.

Antes da fuga, os suspeitos terão ainda roubado à vítima 130 euros em dinheiro, que ela levava na carteira.

Terá sido Sandra, de nacionalidade cabo-verdiana, que foi buscar a criança à água e lhe prestou a primeira assistência antes de ligar para os familiares e para a Polícia.

Manuel A., vive muito perto do local e contou que ouviu os gritos da mãe. "Quando cheguei ainda vi os cinco homens a fugir e a rapariga a gritar", disse, revelando que o cenário lhe parece ser de "vingança": "Pelo que a família dizia ontem, o pai da criança deve conhecer aqueles tipos e deve estar tudo relacionado", avançou.

Sandra R. vive perto da estação de Rio de Mouro, sozinha, com o filho, desde que se separou do pai da criança há alguns meses. Segundo amigos, tinha ido buscar o pequeno Tiago, que ficava ao cuidado da avó, enquanto ela não terminava o seu turno no Mc"Donalds, em Mem Martins.

"Ela fazia este percurso todos os dias para ir buscar o menino. Não compreendo que assaltem uma mãe com uma criança e sejam tão brutais", revelou uma amiga da família, sob anonimato.

Outro amigo, que também pediu para não ser identificado, destacou que o assalto poderá estar na base de um "ajuste de contas" antigo. "Eles gritaram: "isto é para dares o recado". Acho que lhe queriam pregar um susto devido a qualquer assunto relacionado com o pai do menino", salientou, lamentando o desfecho trágico: "Ninguém faz um assalto e mata assim uma criança".

Na casa dos familiares de Sandra R., na Serra das Minas, o ambiente era, ontem, de grande consternação. Ao JN, o irmão da vítima pediu para que se respeitasse o momento de dor e escusou-se a prestar qualquer esclarecimento sobre o assunto.

Ao que o JN apurou, a mãe da criança e o pai estiveram já nas instalações da Polícia Judiciária para prestar esclarecimentos de modo a ajudar na investigação e chegar à identificação dos suspeitos. Até ao fecho desta edição não foi feita qualquer detenção.

JN
 
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