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Metade da população portuguesa utiliza regularmente a Internet

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Novos dados divulgados pela Comissão Europeia (CE) revelam que cerca de metade da população portuguesa acede regularmente à Internet Os valores surgem na mais recente avaliação anual da Agenda Digital europeia apresentada esta semana por Bruxelas, relativa a 2011, que indicam que 51 por cento dos portugueses acedem de forma regular à Internet.
Apesar de representar um aumento de 4 por cento em relação ao ano anterior, os números apresentados pela CE colocam Portugal abaixo da média europeia, situada nos 68 pontos percentuais.
Segundo o mesmo relatório, 41 por cento da população portuguesa nunca acedeu à Internet.
Um dos melhores resultados diz respeito à utilização de serviços de Governo Electrónico por parte das empresas, onde Portugal alcançou uma percentagem de 93 por cento, quando a média dos 27 se encontra nos 84 pontos percentuais.
No pólo oposto está a utilização de serviços de comércio electrónico, que registou uma percentagem de 18 por cento da população.
Outra das áreas analisadas pelo relatório comunitário diz respeito à taxa de penetração da Internet de banda larga.
Neste caso, em Portugal as ligações de banda larga fixa chegam a 21.6 por cento da população, mais uma vez abaixo da média comunitária, situada nos 27.7 pontos percentuais.
Já a taxa de penetração da banda larga móvel atinge 27.5 por cento da população, menos 15.6 por cento da média dos 27, refere o relatório.
Falta de Internet rápida e qualificações preocupa Bruxelas
No mesmo relatório a CE mostra-se preocupada com o facto de a elevada procura por serviços digitais, que podiam colocar a União Europeia à frente nesta área, não estar a ser correspondida na oferta.
Para Bruxelas «esse potencial é posto em causa pela não implantação generalizada da Internet rápida, pela insuficiente oferta de conteúdos em linha, pelo fraco investimento em investigação e pela falta de qualificações em matéria digital».

Em comunicado a comissária europeia responsável pela Agenda Digital, Neelie Kroes, vai mais longe ao afirmar que «os europeus estão sedentos de tecnologias digitais e de maior variedade de escolha nesta matéria, mas os governos e a indústria não lhes dão resposta. Este apego a mentalidades políticas e modelos de negócio do século XX está a prejudicar a economia europeia. É lamentável», sublinha.
Uma das áreas onde Bruxelas defende um maior investimento é nas competências digitais dos europeus, que considera estar ainda bastante fraco.
Com base no estudo, a CE refere que «embora 43 por cento da população da UE possuam um nível médio ou elevado de competências para lidar com a Internet e saibam, por exemplo, utilizá-la para efetuar chamadas telefónicas ou criar uma página Web, cerca de metade das pessoas que trabalham não tem a certeza de que as suas competências informáticas ou em matéria de Internet sejam suficientes neste mercado laboral».
De acordo com o executivo comunitário, a falta de qualificações na área das Tecnologias de Informação e Comunicação poderá ser prejudicial para a UE a breve prazo, pois considera que caso não haja profissionais qualificados será difícil colmatar as vagas existentes no sector.

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