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O Departamento Central de Investigação e Acção Penal decidiu abrir um inquérito contra três agências de "rating" internacionais, depois das queixas apresentadas por quatro economistas, confirmou a Procuradoria-Geral da República.
No início de Abril, os economistas José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), pediram a abertura de um inquérito contra as agências, alegando que estão a cometer crime de manipulação do mercado.
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) analisou os argumentos expostos nas queixas e considerou haver elementos suficientes para abrir um inquérito-crime às agências de "rating" Moody's, Standard & Poor's e Fitch.
A agência Lusa contactou o DCIAP que confirmou a "abertura do inquérito instaurado com base na queixa de quatro economistas contra agências de rating", mas recusou dar mais pormenores sobre o mesmo, alegando segredo de justiça.
Na altura da entrega da queixa na Procuradoria-Geral da República, José Reis afirmou que as agências que "intervêm no mercado português dominam mais de 90% do mercado" internacional, pelo que "é preciso saber se as leis da concorrência são respeitadas".
Duas dessas agências têm inclusive um "mesmo fundo de investimento como proprietário", advertiu o economista, e as decisões que tomam, que "influenciam as taxas de juro", têm um impacto significativo no endividamento dos países, "podendo afectar a sua estabilidade" financeira e económica.
Os subscritores do documento querem que o inquérito apure a "prática dos actos abusivos que são imputados" às três agências, a "existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo português" e a "identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos" da denúncia.
Os economistas querem também saber se os "benefícios obtidos pelas agências" e os seus clientes "foram de notória importância", para além de quererem ter acesso a "todas as comunicações internas das agências de notação respeitantes às classificações referentes a Portugal" desde o ano de 2010.
A apresentação da queixa por parte dos economistas teve repercussão a nível de órgãos de comunicação social estrangeiros, tendo o assunto sido já tratado por um jornal espanhol e por dois canais de televisão, um alemão e outro grego.
As agências de "rating" são empresas que avaliam a capacidade de um país ou empresa em cumprir os seus compromissos financeiros.
Jornal de Notícias
No início de Abril, os economistas José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), pediram a abertura de um inquérito contra as agências, alegando que estão a cometer crime de manipulação do mercado.
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) analisou os argumentos expostos nas queixas e considerou haver elementos suficientes para abrir um inquérito-crime às agências de "rating" Moody's, Standard & Poor's e Fitch.
A agência Lusa contactou o DCIAP que confirmou a "abertura do inquérito instaurado com base na queixa de quatro economistas contra agências de rating", mas recusou dar mais pormenores sobre o mesmo, alegando segredo de justiça.
Na altura da entrega da queixa na Procuradoria-Geral da República, José Reis afirmou que as agências que "intervêm no mercado português dominam mais de 90% do mercado" internacional, pelo que "é preciso saber se as leis da concorrência são respeitadas".
Duas dessas agências têm inclusive um "mesmo fundo de investimento como proprietário", advertiu o economista, e as decisões que tomam, que "influenciam as taxas de juro", têm um impacto significativo no endividamento dos países, "podendo afectar a sua estabilidade" financeira e económica.
Os subscritores do documento querem que o inquérito apure a "prática dos actos abusivos que são imputados" às três agências, a "existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo português" e a "identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos" da denúncia.
Os economistas querem também saber se os "benefícios obtidos pelas agências" e os seus clientes "foram de notória importância", para além de quererem ter acesso a "todas as comunicações internas das agências de notação respeitantes às classificações referentes a Portugal" desde o ano de 2010.
A apresentação da queixa por parte dos economistas teve repercussão a nível de órgãos de comunicação social estrangeiros, tendo o assunto sido já tratado por um jornal espanhol e por dois canais de televisão, um alemão e outro grego.
As agências de "rating" são empresas que avaliam a capacidade de um país ou empresa em cumprir os seus compromissos financeiros.
Jornal de Notícias