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Ministra Economia critica decisão da Moody s baixar 'rating' de Espanha

florindo

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A ministra da Economia espanhola manifestou hoje o seu «desacordo» com a Moody s pela decisão de reduzir o rating da dívida pública espanhola, afirmando que a agência de notação deveria ter esperado «algumas horas».

Elena Salgado contesta a decisão da Moody s por basear-se numa estimativa sobre as necessidades de capital do sector financeiro espanhol e por ter sido revelada horas antes do Banco de Espanha divulgar esses valores relativos a cada entidade espanhola.

As «dúvidas» da Moody s, afirmou Salgado aos jornalistas, resolver-se-iam «simplesmente se [a agência] esperasse até hoje à tarde, para que o Banco de Espanha confirmasse as quantias necessárias» ao sector financeiro espanhol.

«Quem afirme que são necessários valores diferentes terá que dizer em que entidade», disse, admitindo que outras das preocupações da Moody s, nomeadamente sobre a situação das comunidades autónomas espanholas, são legítimas.

A porta-voz parlamentar do PP, Soraya Saenz de Santamaria, afirmou, por seu lado, que a descida do rating é uma «notícia muito má» que confirma o «erro» da reforma financeira que o Governo está a levar a cabo.

Motivo pelo qual, disse, o seu partido tenciona abster-se na votação do decreto-lei de recapitalização das entidades financeiras.

A agência Moody´s baixou hoje num nível o 'rating' da dívida pública de Espanha, de Aa1 para Aa2, mantendo a perspectiva negativa e dúvidas sobre a capacidade do Governo de melhorar as finanças do país.

Segundo a Moody's, a dívida espanhola é condicionada pelo elevado custo da reestruturação do sistema financeiro, um processo que afecta especialmente as caixas de aforro e que, segundo cálculos do Governo, custará pelo menos 20 mil milhões de euros.

Para a Moody's esta estimativa do Governo fica aquém do valor que realmente será necessário para consolidar o sector financeiro, o que levará, necessariamente, a um aumento do défice.

Em parte por esse custo, a agência de notação baixou também o 'rating' do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) - de Aa1 para Aa2 e com perspectivo negativa - já que a sua dívida é garantida pelo Governo de Espanha.

Além disso, recorda que o Governo central tem um controlo limitado sobre as comunidades autónomas e que a recuperação da economia espanhola apresenta perspectivavas "apenas moderadas" de crescimento a médio prazo.

Lusa/ SOL
 
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