kokas
GF Ouro
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3
O ministro da Defesa do Peru demitiu-se na quarta-feira em protesto contra o perdão concedido pelo chefe de Estado, Pedro Pablo Kuczynski, ao ex-Presidente Alberto Fujimori, condenado por crimes contra a humanidade.
"Sim, demitiu-se", disse uma fonte, que pediu o anonimato, do Ministério da Defesa peruano.
A demissão de Nieto, político de esquerda, acontece uma semana depois da saída do ministro da Cultura, Salvador del Solar, também na sequência da decisão do chefe de Estado peruano.
A 30 de dezembro, mais de 230 escritores peruanos, incluindo o prémio Nobel Mario Vargas Llosa, assinaram um manifesto a qualificar o perdão presidencial concedido a Fujimori de "ilegal e irresponsável".
Fujimori, que foi Presidente do Peru de 1990 a 2000, cumpria uma pena de 25 anos por corrupção e crimes contra a humanidade. O perdão da pena foi concedido a 24 de dezembro por Kuczynski.
A decisão suscitou várias críticas no estrangeiro e desencadeou manifestações no país, durante as quais Kuczynski foi acusado de ter negociado o perdão em troca da sua manutenção no poder com o apoio do movimento político fundado por Fujimori.
A 22 de dezembro, algumas horas depois de o parlamento ter rejeitado a destituição de Kuczynski, o ministro do Interior, Carlos Basombrio, apresentou a demissão.
O atual chefe de Estado peruano era acusado de corrupção pelas ligações à empresa brasileira Odebrecht, que reconheceu ter feito pagamentos de cerca de cinco milhões de dólares a firmas diretamente ligadas a Kuczynski, na altura ministro (2004-2013).
Alberto Fujimori foi condenado em 2009 por corrupção e crimes contra a humanidade por ter ordenado o assassínio de 25 pessoas por um esquadrão da morte durante a guerra contra os guerrilheiros do Sendero Luminoso (extrema-esquerda maoísta).
O antigo Presidente de origem japonesa está, desde 23 de dezembro, internado numa clínica em Lima.
nm

"Sim, demitiu-se", disse uma fonte, que pediu o anonimato, do Ministério da Defesa peruano.
A demissão de Nieto, político de esquerda, acontece uma semana depois da saída do ministro da Cultura, Salvador del Solar, também na sequência da decisão do chefe de Estado peruano.
A 30 de dezembro, mais de 230 escritores peruanos, incluindo o prémio Nobel Mario Vargas Llosa, assinaram um manifesto a qualificar o perdão presidencial concedido a Fujimori de "ilegal e irresponsável".
Fujimori, que foi Presidente do Peru de 1990 a 2000, cumpria uma pena de 25 anos por corrupção e crimes contra a humanidade. O perdão da pena foi concedido a 24 de dezembro por Kuczynski.
A decisão suscitou várias críticas no estrangeiro e desencadeou manifestações no país, durante as quais Kuczynski foi acusado de ter negociado o perdão em troca da sua manutenção no poder com o apoio do movimento político fundado por Fujimori.
A 22 de dezembro, algumas horas depois de o parlamento ter rejeitado a destituição de Kuczynski, o ministro do Interior, Carlos Basombrio, apresentou a demissão.
O atual chefe de Estado peruano era acusado de corrupção pelas ligações à empresa brasileira Odebrecht, que reconheceu ter feito pagamentos de cerca de cinco milhões de dólares a firmas diretamente ligadas a Kuczynski, na altura ministro (2004-2013).
Alberto Fujimori foi condenado em 2009 por corrupção e crimes contra a humanidade por ter ordenado o assassínio de 25 pessoas por um esquadrão da morte durante a guerra contra os guerrilheiros do Sendero Luminoso (extrema-esquerda maoísta).
O antigo Presidente de origem japonesa está, desde 23 de dezembro, internado numa clínica em Lima.
nm