- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 54,343
- Gostos Recebidos
- 1,527
Moradores de favelas levam caos a São Paulo bloqueando avenidas e linhas de comboio com barricadas a arder
Força policial interveio na favela de Areião após manifestantes bloquearem com fogo por quase três horas a Marginal Pinheiros.
Moradores de três favelas diferentes e distantes entre si levaram o caos na manhã desta segunda-feira à maior cidade do Brasil, São Paulo, bloqueando avenidas e até uma linha dos comboios suburbanos com barricadas a arder, em protesto contra ordens judiciais para desocuparem as áreas em que vivem e que são privadas. O caso mais grave, que só terminou com o uso da força pela polícia, aconteceu na região da favela do Areião, na zona oeste, onde os manifestantes bloquearam com fogo por quase três horas a Marginal Pinheiros, que liga a zona oeste à zona sul da megacidade, e a principal linha dos comboios suburbanos que todos os dias levam milhares de passageiros de cidades vizinhas para trabalhar na capital paulista.
Com o bloqueio da Marginal Pinheiros, ficou igualmente bloqueada a saída da Marginal Tietê, que corta toda a cidade de norte a sul e que se cruza com a primeira, paralisando de uma só vez as duas principais vias de São Paulo. Com a interdição da linha férrea que poderia ser usada como alternativa, o caos instalou-se na gigantesca cidade desde as seis horas da manhã locais (dez horas em Lisboa) e só começou a normalizar três horas depois.
Como o serviço de comboios suburbanos em grande parte do trajecto dentro de São Paulo compartilha as estações com o Metro, este último serviço também foi afectado, pois não deu vazão ao súbito aumento de passageiros. Entre a cidade vizinha de Osasco e a zona oeste de São Paulo, passageiros dos comboios parados no meio do caminho optaram por descer e seguir a pé pelos carris, mas a ousada e perigosa manobra acabou por não dar certo, pois tiveram de parar ao chegar ao local onde a via estava interrompida com barricadas a arder, montadas com sacos cheios de lixo, colchões e móveis velhos.
Na favela do Areião, que existe há mais de 30 anos e onde vivem mais de 12 mil pessoas, a situação só foi parcialmente normalizada após uma intervenção mais dura da polícia de intervenção, que usou granadas de gás e balas de borracha e obrigou a multidão a recuar. De acordo com a polícia, não houve prisões nem feridos nessa acção.
Os outros dois protestos ocorreram na zona leste da capital paulista, um na favela Jorge Hereda, na Avenida Aricanduva, e o outro na favela Terra Prometida, na Avenida Rio das Pedras, que fica próxima, mas não há informações se estes protestos foram coordenados com o da favela Areião, na zona oeste e bem distante dali. Nas manifestações da zona leste também se registaram engarrafamentos devido ao bloqueio de vias com barricadas a arder, mas, nestes casos, a polícia não teve grande dificuldade para restabelecer o tráfego.
Correio da Manhã

Força policial interveio na favela de Areião após manifestantes bloquearem com fogo por quase três horas a Marginal Pinheiros.
Moradores de três favelas diferentes e distantes entre si levaram o caos na manhã desta segunda-feira à maior cidade do Brasil, São Paulo, bloqueando avenidas e até uma linha dos comboios suburbanos com barricadas a arder, em protesto contra ordens judiciais para desocuparem as áreas em que vivem e que são privadas. O caso mais grave, que só terminou com o uso da força pela polícia, aconteceu na região da favela do Areião, na zona oeste, onde os manifestantes bloquearam com fogo por quase três horas a Marginal Pinheiros, que liga a zona oeste à zona sul da megacidade, e a principal linha dos comboios suburbanos que todos os dias levam milhares de passageiros de cidades vizinhas para trabalhar na capital paulista.
Com o bloqueio da Marginal Pinheiros, ficou igualmente bloqueada a saída da Marginal Tietê, que corta toda a cidade de norte a sul e que se cruza com a primeira, paralisando de uma só vez as duas principais vias de São Paulo. Com a interdição da linha férrea que poderia ser usada como alternativa, o caos instalou-se na gigantesca cidade desde as seis horas da manhã locais (dez horas em Lisboa) e só começou a normalizar três horas depois.
Como o serviço de comboios suburbanos em grande parte do trajecto dentro de São Paulo compartilha as estações com o Metro, este último serviço também foi afectado, pois não deu vazão ao súbito aumento de passageiros. Entre a cidade vizinha de Osasco e a zona oeste de São Paulo, passageiros dos comboios parados no meio do caminho optaram por descer e seguir a pé pelos carris, mas a ousada e perigosa manobra acabou por não dar certo, pois tiveram de parar ao chegar ao local onde a via estava interrompida com barricadas a arder, montadas com sacos cheios de lixo, colchões e móveis velhos.
Na favela do Areião, que existe há mais de 30 anos e onde vivem mais de 12 mil pessoas, a situação só foi parcialmente normalizada após uma intervenção mais dura da polícia de intervenção, que usou granadas de gás e balas de borracha e obrigou a multidão a recuar. De acordo com a polícia, não houve prisões nem feridos nessa acção.
Os outros dois protestos ocorreram na zona leste da capital paulista, um na favela Jorge Hereda, na Avenida Aricanduva, e o outro na favela Terra Prometida, na Avenida Rio das Pedras, que fica próxima, mas não há informações se estes protestos foram coordenados com o da favela Areião, na zona oeste e bem distante dali. Nas manifestações da zona leste também se registaram engarrafamentos devido ao bloqueio de vias com barricadas a arder, mas, nestes casos, a polícia não teve grande dificuldade para restabelecer o tráfego.
Correio da Manhã