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Notícias Morreu Giorgio Armani, icónico designer de moda italiano

Roter.Teufel

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Morreu Giorgio Armani, icónico designer de moda italiano

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Tinha 91 anos.

Giorgio Armani, o lendário designer de moda, morreu aos 91 anos, esta quinta-feira.

"O criador, fundador e força motriz da empresa, Giorgio Armani, morreu em paz, rodeado pelos seus entes queridos. Trabalhou até aos últimos dias e dedicou-se à empresa que fundou, às suas criações e aos vários projetos que iniciou", anunciou o grupo.

Giorgio Armani era "um ícone do pronto-a-vestir de Milão que revolucionou a moda com 'looks' desestruturados", escreve a agência Associated Press.

Designer e empresário, Giorgio Armani manteve a direção de um grupo de moda cuja faturação ultrapassa os 2,3 mil milhões de euros anuais, segundo as contas mais recentes, de acordo com as agências internacionais de notícias.

Armani, um dos nomes e rostos mais reconhecidos da indústria da moda mundial, esteve ausente, pela primeira vez, da Semana da Moda de Milão, no passado mês de junho, onde foi apresentada a coleção masculina Primavera-Verão 2026. O estilista planeava uma celebração dos 50 anos da sua marca para a Semana da Moda de Milão a realizar este mês.

A carreira de Giorgio Armani teve início "com um casaco sem forro e umas calças simples", que levaram o estilo 'prêt-à-porter' italiano ao mapa da moda internacional no final da década de 1970, criando uma silhueta descontraída, urbana, imediatamente reconhecível, que impulsionou a etiqueta durante meio século, escreve esta quinta-feira a AP. Armani vestia ricos e famosos com estilos clássicos de alfaiataria, confecionados em tecidos macios e tons suaves. Os seus 'black-tie' e vestidos de noite mobilizavam frequentemente a atenção das passadeiras vermelhas da temporada de prémios, insiste a AP.

À data da morte, Armani tinha construído um império avaliado em mais de 8,5 mil milhões de euros (cerca de 10 mil milhões de dólares), que também incluía acessórios, artigos de decoração, perfumes, cosméticos, livros, flores e até chocolataria. Os números, segundo a Forbes, põem Armani entre os 200 maiores multimilionários a nível mundial.

O estilista era também proprietário de bares, discotecas, restaurantes e da sua própria equipa de basquetebol, o EA7 Emporio Armani Milan, mais conhecido por Olympia Milano. O chamado estilo Armani teve início no próprio estilista, e na sua combinação pessoal de roupa de trabalho, 'jeans' e 't-shirts'.

Armani defendia uma elegância descontraída com atenção aos pormenores. "Crio para pessoas reais. Não há vantagem alguma em criar roupas e acessórios que não sejam práticos", cita a AP.

Os modos amistosos do estilista, recorda esta quinta-feira a AP, desmentiam o empresário duro que foi capaz de criar um império de milhares de milhões de dólares, sem nunca efetuar uma fusão nem uma venda de participações. O "Rei Giorgio", como lhe chamam os italianos, foi sempre o seu próprio patrão. Giorgio Armani nasceu em 11 de julho de 1934, em Piacenza, uma pequena cidade a sul de Milão. Sonhava ser médico, mas um emprego a tempo parcial como decorador de montras numa loja de Milão seduziu-o para o mundo da moda.

Em 1975, vendeu o seu Volkswagen para fundar a sua própria marca de pronto-a-vestir masculino, com o sócio, o arquiteto Sergio Galeotti (1945-1985). A linha feminina surgiu um ano depois.

O símbolo do seu estilo era o casaco desportivo sem forro, lançado no final da década de 1970, que se tornou um sucesso imediato, de Hollywood a Wall Street. O estilista combinou-o com uma 't-shirt', estabelecendo o que chamou "o alfa e o ómega do alfabeto da moda".

O funeral será privado e realizar-se-á numa data não especificada, anunciou o grupo empresarial.

Correio da Manhã
 
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