kokas
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Desapareceu a última testemunha viva das últimas horas que antecederam o suicídio de Adolf Hitler. Rochus Misch, guarda-costas do líder nazi durante grande parte da II Guerra Mundial, morreu na quinta-feira, em Berlim, aos 96 anos. Misch foi vítima de complicações de um acidente cardiovascular, declarou à AFP Michael Stehle, detentor dos direitos de um livro publicado em 2007, no qual Misch descreveu os anos ao lado do Führer.A obra, que foi bem vendida na Alemanha, deve ser publicada em inglês nos próximos dias. Rochus Misch, que gozava de plenas faculdades mentais, redigiu em pessoa o prefácio recentemente, afirma Michael Stehle.
Nos depoimentos, que não só deram origem a um livro mas também a um DVD, Rochus Misch contestou as versões de jornalistas e historiadores sobre os últimos momentos antes da queda de Hitler. Insistindo nada saber sobre os terríveis acontecimentos do Holocausto, o guarda-costas do líder nazi disse ter orgulho em ter passado os últimos dias com Hitler, a quem chamava «chefe».
O Führer «era um homem muito normal», como uma vez confessou à «Associated Press». «Era menos teatral do que normalmente é descrito. O pior, era o silêncio. Toda a gente falava em voz baixa e ninguém sabia porquê. Para mim era o bunker da morte», acrescentou.
Na mesma entrevista, concedida em 2005, Misch relatou os últimos momentos da vida do ditador, antes de Hitler e a mulher Eva Braun se suicidarem. «Ele não era violento. Ele não era um monstro. Ele não era um super-homem», defendeu.
O homem que viria a ser segurança de Hitler nasceu em 1917 em Alt Schalkowitz, ficou órfão cedo e aos 20 anos juntou-se à organização SS, a polícia nazi, para combater o bolchevismo. Durante a II Guerra Mundial, Rochus Misch foi baleado, quase morreu e acabou por se tornar um dos dois guarda-costas do ditador nazi.
Questionado sobre os melhores momentos da própria vida, Misch costumava mostrar fotos da residência de Hitler na Baviera. «Sim, foi o melhor período da minha vida. Maravilhoso, era como estar de férias. O chefe estava sempre relaxado naquele lugar», contava.
«No fim da guerra, se alguém queria falar com Hitler, seja Goebbels, Göring ou algum outro, tinha de passar por mim. Eu é que atendia os telefonemas», descrevia.
Rochus Misch disse ter visto, a 30 de abril de 1945, os corpos de Hitler e Eva Braun, depois do suicídio, serem levados para o jardim da Chancelaria para serem incinerados.
Preso em 1945, o guarda-costas de Hitler passou nove anos nos campos soviéticos.
tvi24
