- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 39,084
- Gostos Recebidos
- 481
O presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia defende a criação de um programa nacional de prevenção da morte súbita, que mata mais de 20 pessoas por dia em Portugal, e um programa regional de dados em todo o país.
O alerta de Manuel Carrageta, na véspera de se assinalar o Dia Nacional do Doente Coronário (14 de Fevereiro), surge "devido ao elevado número de doentes que morrem subitamente. Estimamos que sejam mais de 20 por dia em Portugal".
Para o cardiologista, é "um número brutal" que exige que a população seja sensibilizada para este problema e tomadas "medidas no sentido de minimizar o número de mortos".
Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), o programa nacional de prevenção da morte súbita deve proporcionar formação em suporte básico de vida ao maior número de pessoas.
"Não é suficiente haver paramédicos e bombeiros credenciados, é indispensável que a sua aprendizagem se estenda à população em geral", refere a FPC, que sugere ainda a "inclusão obrigatória" desta formação nos programas escolares anuais dos diversos graus de ensino.
A morte súbita é definida como sendo uma morte de causa natural, mas constitui a causa principal de morte nos países desenvolvidos, correspondendo a 20% de todas as mortes, com uma incidência de cerca de 1 por mil habitantes por ano.
Dois terços das situações são provocadas pela doença coronária e a morte súbita contribui para a mortalidade dos doentes coronários em mais de 50% dos casos, segundo dados da Fundação.
O mecanismo principal é uma arritmia fatal, denominada fibrilhação ventricular, que ocorre em 75 a 80% dos casos e que é também frequentemente a primeira manifestação de doença cardíaca. Esta arritmia leva à morte em poucos minutos se não for tratada de imediato.
A morte súbita é ainda responsável por 95% da mortalidade pré-hospitalar das doenças cardíacas e a única forma que existe para a reverter é através da aplicação imediata de um choque eléctrico (desfibrilhação eléctrica).
"Há vários anos que a FPC defende a necessidade de uma rede de desfibrilhadores automáticos externos que devem estar disponíveis em zonas onde hajam grandes concentrações de pessoas, como é o caso dos centros comerciais, estádios e centros de saúde para no caso de paragem cardíaca poder actuar o mais rapidamente possível", adianta Manuel Carrageta.
Já há locais públicos com este equipamento, mas o cardiologista defende a criação de uma "rede organizada que cubra todo o país", porque "há zonas que estão completamente desprovidas desta protecção".
Por outro lado, deve ser criada uma base de dados para conhecer a realidade portuguesa e, assim, poder lançar programas e estabelecer planos eficazes e adequados à situação, explica Manuel Carrageta. "Há um grande desconhecimento da população para este problema. Só quando morre alguma figura pública ou desportistas é que o assunto merece destaque", observa.
Jornal de Notícias
O alerta de Manuel Carrageta, na véspera de se assinalar o Dia Nacional do Doente Coronário (14 de Fevereiro), surge "devido ao elevado número de doentes que morrem subitamente. Estimamos que sejam mais de 20 por dia em Portugal".
Para o cardiologista, é "um número brutal" que exige que a população seja sensibilizada para este problema e tomadas "medidas no sentido de minimizar o número de mortos".
Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), o programa nacional de prevenção da morte súbita deve proporcionar formação em suporte básico de vida ao maior número de pessoas.
"Não é suficiente haver paramédicos e bombeiros credenciados, é indispensável que a sua aprendizagem se estenda à população em geral", refere a FPC, que sugere ainda a "inclusão obrigatória" desta formação nos programas escolares anuais dos diversos graus de ensino.
A morte súbita é definida como sendo uma morte de causa natural, mas constitui a causa principal de morte nos países desenvolvidos, correspondendo a 20% de todas as mortes, com uma incidência de cerca de 1 por mil habitantes por ano.
Dois terços das situações são provocadas pela doença coronária e a morte súbita contribui para a mortalidade dos doentes coronários em mais de 50% dos casos, segundo dados da Fundação.
O mecanismo principal é uma arritmia fatal, denominada fibrilhação ventricular, que ocorre em 75 a 80% dos casos e que é também frequentemente a primeira manifestação de doença cardíaca. Esta arritmia leva à morte em poucos minutos se não for tratada de imediato.
A morte súbita é ainda responsável por 95% da mortalidade pré-hospitalar das doenças cardíacas e a única forma que existe para a reverter é através da aplicação imediata de um choque eléctrico (desfibrilhação eléctrica).
"Há vários anos que a FPC defende a necessidade de uma rede de desfibrilhadores automáticos externos que devem estar disponíveis em zonas onde hajam grandes concentrações de pessoas, como é o caso dos centros comerciais, estádios e centros de saúde para no caso de paragem cardíaca poder actuar o mais rapidamente possível", adianta Manuel Carrageta.
Já há locais públicos com este equipamento, mas o cardiologista defende a criação de uma "rede organizada que cubra todo o país", porque "há zonas que estão completamente desprovidas desta protecção".
Por outro lado, deve ser criada uma base de dados para conhecer a realidade portuguesa e, assim, poder lançar programas e estabelecer planos eficazes e adequados à situação, explica Manuel Carrageta. "Há um grande desconhecimento da população para este problema. Só quando morre alguma figura pública ou desportistas é que o assunto merece destaque", observa.
Jornal de Notícias