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Mulher confessa ter torturado e deixado a filha de 13 anos morrer à fome
Sandrine Pissarra deixou a criança "nua, faminta e presa numa arrecadação" com câmaras.
Sandrine Pissarra, de 54 anos, admite pela primeira vez ter torturado a filha Amandine, de 13 anos, que morreu em 2020, segundo o jornal francês Le Parisien. A confissão ocorreu no julgamento que começou cinco anos depois do crime, em Montpellier, no sul de França.
O julgamento da mulher, que esteve em prisão preventiva desde maio de 2021, começou na segunda-feira. Sandrine Pissarra é acusada de violência contra a filha durante vários anos, arriscando uma condenação a prisão perpétua por “atos de tortura e “barbárie”. O companheiro, Jean-Michel Cros, de 49 anos também está a ser julgado por não ter feito nada para salvar a enteada.
Amandine foi encontrada desnutrida, com uma infeção generalizada, sem vários dentes e mostrava sinais de cabelo arrancado. A criança, que media 1,55 metros, pesava apenas 28 quilos. Médicos legistas apontaram o estado da menina como causa da morte, de acordo com o jornal francês.
Jean-Michel Cros assegurou que não se apercebeu do agravamento do estado de saúde da enteada. “Cheguei a casa tarde, estava convencido de que ela tinha comido”, disse. “Devia ter reagido”, acrescentou. O companheiro afirma que talvez não tenha atuado “por medo das reações de raiva” de Sandrine.
A mãe negou as acusações até ao final do dia de terça-feira. “Não há explicação, ela não foi privada de comida, ninguém fez isso", afirmou Sandrine em tribunal. A mulher responsabilizou o confinamento na pandemia da Covid-19 pelos comportamentos “mais complicados” da filha.
Uma jovem vizinha do casal, chocada com os gritos e maus-tratos que costumava ouvir, decidiu documentá-los numa gravação de 2019, que foi ouvida em julgamento.
No silêncio do tribunal, os gritos de terror de Amandine ressoam, contrastando com a calma de Sandrine ao dizer para a filha: “Vou-te matar” .
“Reconhece os atos de tortura e barbárie, ou seja, o facto de ter deixado a criança nua, faminta e presa numa arrecadação onde ninguém podia aceder durante semanas?”, questionou a acusação. “Sim, reconheço”, respondeu.
Foi a primeira vez que Sandrine Pissarra admitiu ser responsável pela tortura infligida na filha.
A análise psicológica descreveu a mulher, que tem oito filhos de três relacionamentos diferentes, como raivosa e violenta e “transferiu o ódio” que sentia por Frédéric Flores, pai de Amandine, para a filha.
No relatório, o juiz de instrução elimina todas as dúvidas de que Amandine sofreu de violência às mãos da mãe. O advogado de Flores também chegou à mesma constatação. “Temos resultados forenses, temos um corpo martirizado, uma pequena ‘múmia’ de 13 anos que passou um inferno”, referiu.
Correio da Manhã

Sandrine Pissarra deixou a criança "nua, faminta e presa numa arrecadação" com câmaras.
Sandrine Pissarra, de 54 anos, admite pela primeira vez ter torturado a filha Amandine, de 13 anos, que morreu em 2020, segundo o jornal francês Le Parisien. A confissão ocorreu no julgamento que começou cinco anos depois do crime, em Montpellier, no sul de França.
O julgamento da mulher, que esteve em prisão preventiva desde maio de 2021, começou na segunda-feira. Sandrine Pissarra é acusada de violência contra a filha durante vários anos, arriscando uma condenação a prisão perpétua por “atos de tortura e “barbárie”. O companheiro, Jean-Michel Cros, de 49 anos também está a ser julgado por não ter feito nada para salvar a enteada.
Amandine foi encontrada desnutrida, com uma infeção generalizada, sem vários dentes e mostrava sinais de cabelo arrancado. A criança, que media 1,55 metros, pesava apenas 28 quilos. Médicos legistas apontaram o estado da menina como causa da morte, de acordo com o jornal francês.
Jean-Michel Cros assegurou que não se apercebeu do agravamento do estado de saúde da enteada. “Cheguei a casa tarde, estava convencido de que ela tinha comido”, disse. “Devia ter reagido”, acrescentou. O companheiro afirma que talvez não tenha atuado “por medo das reações de raiva” de Sandrine.
A mãe negou as acusações até ao final do dia de terça-feira. “Não há explicação, ela não foi privada de comida, ninguém fez isso", afirmou Sandrine em tribunal. A mulher responsabilizou o confinamento na pandemia da Covid-19 pelos comportamentos “mais complicados” da filha.
Uma jovem vizinha do casal, chocada com os gritos e maus-tratos que costumava ouvir, decidiu documentá-los numa gravação de 2019, que foi ouvida em julgamento.
No silêncio do tribunal, os gritos de terror de Amandine ressoam, contrastando com a calma de Sandrine ao dizer para a filha: “Vou-te matar” .
“Reconhece os atos de tortura e barbárie, ou seja, o facto de ter deixado a criança nua, faminta e presa numa arrecadação onde ninguém podia aceder durante semanas?”, questionou a acusação. “Sim, reconheço”, respondeu.
Foi a primeira vez que Sandrine Pissarra admitiu ser responsável pela tortura infligida na filha.
A análise psicológica descreveu a mulher, que tem oito filhos de três relacionamentos diferentes, como raivosa e violenta e “transferiu o ódio” que sentia por Frédéric Flores, pai de Amandine, para a filha.
No relatório, o juiz de instrução elimina todas as dúvidas de que Amandine sofreu de violência às mãos da mãe. O advogado de Flores também chegou à mesma constatação. “Temos resultados forenses, temos um corpo martirizado, uma pequena ‘múmia’ de 13 anos que passou um inferno”, referiu.
Correio da Manhã