Nelson14
GF Platina
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Mulheres fatais dos tempos bíblicos e míticos

As mulheres fatais (também conhecidas como femme fatales) são mulheres cuja beleza leva homens (e até nações) às ruínas ao caírem nas suas armações e planos.
O tema é bastante popular e não é de hoje. Há muitos anos o tema cativa o público. Sejam elas deusas ou mortais, os homens sempre farão de tudo por elas: lutar, morrer e destruir impérios.
A habilidade quase supernatural que a mulher fatal tem para cativar suas vítimas levou os homens a classificá-las como demônios, bruxas ou mesmo vampiras. Na lista abaixo, você confere dez exemplos bíblicos ou míticos de mulheres fatais que fizeram história:
Helena de Tróia

Dizem que esta bela e lendária espartana nasceu quando Zeus desceu a Terra na forma de um cisne e seduziu Leda, sua mãe. Aos dez anos, ela foi sequestrada por Teseu, mas foi salva pelos irmãos. Tíndaro, seu pai mortal, fez com que todos os aspirantes a se casar com ela jurassem uma aliança ao homem que ele escolheu para sua filha – Menelau.
Um dia, Páris, o príncipe de Tróia, sequestrou Helena, e todos os príncipes que fizeram o juramento foram guerrear ao lado de Menelau. Os príncipes sitiaram Tróia por dez anos, até Helena ser resgatada e levada de volta a Menelau. Depois de sofrer uma tentativa de assassinato, ela foi levada ao Olimpo por Apolo, onde ela se juntou aos Dióscuros como uma mortal.
Jezebel

A filha do padre-rei fenício Ebaal e casada com o rei hebreu Acabe, conseguiu convencer o marido a negar o deus hebreu Yahweh (Jeová) em favor de Baal. Quando ela conseguiu matar os profetas de Jeová, o profeta Elias previu com precisão que uma seca grave viria como uma retribuição divina. Jezebel então forçou Elias a fugir por sua vida, mas ele contou a Acabe que ele e seus herdeiros seriam destruídos, e que Jezebel seria devorada por cachorros.
Após sobreviver à morte de Acabe, Jezebel morreu ao desafiar Elias – mas Elias se vingou quando cachorros comeram a maior parte do corpo dela. O nome dela persiste como algo relativo a mulheres inescrupulosas e más.
Cleópatra

Cleópatra teve uma chance de conquistar o trono a que tinha direito após a morte do pai, mas abdicou. Mais tarde, tentou reconquistá-lo por meio da sedução. Em 48 a.C., Júlio César chegou em Alexandria; um ano depois, ele ganhou um filho dela e a levou para Roma, onde foi morto. De volta ao Egito, Cleópatra ajudou os heróis de Roma (Augusto, Lépido e Marco Antônio), este último sendo tão influenciado por ela que abandonou a causa romana. Cleópatra teve mais três filhos, todos com ele. Quando ele foi derrotado por Augusto na batalha marítima de Ácio, ele fugiu com Cleópatra.
Rumores da morte de Cleópatra começaram a circular, e Marco esfaqueou a si mesmo, morrendo nos braços de sua amada, que tentou mais tarde seduzir Augusto. Fracassou, e se matou com uma picada de cobra. Enquanto muitos pensam que ela era egípcia, ela era na verdade macedônia, assim como Alexandre, o Grande. Mesmo assim, seu mito como Cleópatra, Rainha do Nilo, persiste.
Dalila

Sansão era o herói mítico e líder dos hebreus que recebeu força supernatural de Deus, que só seria mantida se seus cabelos não fossem raspados ou cortados. Sansão derrotou os filisteus – inimigos dos hebreus – várias vezes, matando até um leão com suas próprias mãos. Sansão seria totalmente invencível se não tivesse se apaixonado por uma garota chamada Dalila.
Dalila cortou os cabelos de Sansão a mando dos reis filisteus, levando o guerreiro à sua própria ruína. Seus olhos foram perfurados por seus inimigos, e ele foi escravizado. Não se sabe o fim que Dalila levou, mas até hoje seu nome é associado a mulheres venenosas e perigosas.
Salomé

A morte de João Batista nas artimanhas de Salomé, filha de Herodíade, mulher de Herodes Antipas, é descrita no evangelho segundo Marcos. Herodes temia e respeitava João, mesmo tendo aprisionado o pregador judeu por causar perturbações como o batismo de Cristo.
Já Herodíade o odiava, por considerar seu casamento com Herodes ilegal, mas ainda sim o marido se recusava a machucá-lo. Foi aí que Herodíade resolveu usar sua filha a seu favor: colocou-a para dançar para o rei, que ficou tão maravilhado que a ofereceu qualquer coisa que quisesse. Instruída pela mãe, ela pediu a cabeça de João, e Herodes não pôde recusar. Um guarda foi enviado para cumprir o desejo de Salomé e retornou com a cabeça de João num prato, que Salomé deu a sua mãe.
Medeia

A história de Medeia é contada por um poema grego pré-homérico chamado Argonáutica. Filha do rei Eetes, ela se apaixonou por Jasão. Um dia, o rei traiu Jasão e seus argonautas e enviou um exército para atacá-los, mas Medeia usou sua mágica para pacificar um dragão e até matou seu próprio irmão para ajudá-los a escapar. Posteriormente, ela convenceu as filhas de Pélias a desmembrar o próprio pai e cozinhá-lo em um caldeirão – na esperança de recuperar sua juventude.
Outra amostra de sua ousadia veio quando Jasão deixou-a por outra mulher. Ela enviou uma beca que ateou fogo a ela e todos os outros que estavam próximos, incluindo o próprio pai de Medeia. Sua ira não perdoou nem mesmo os próprios filhos: cortou a garganta de todos os catorze que teve com Jasão.
As Sereias

Originalmente, acreditava-se que as series eram filhas da deusa do rio Aqueloo. Tinham nomes como belo roto, bela voz, ser branco, música, rosto persuasivo, etc. Dizem até que elas desafiaram as musas para um dueto musical, mas perderam, abandonando os rios da floresta e trocando-os pelas costas rochosas do sul da Itália, onde atraíam navegantes para suas mortes com suas canções e beleza.
Quando Ulisses deixou a feiticeira Circe em sua jornada para casa, ela o avisou que ele deveria pedir a sua tripulação que colocasse cera nos ouvidos enquanto passavam pelas costas onde as sereias estavam.
Ulisses pediu que sua equipe o amarrasse no mastro com os ouvidos destampados, para que pudesse ouvir o famoso canto. Seu pedido foi atendido, e por mais que as sereias tenham pedido a ele que fosse até elas, o perigo foi evitado.
A Esfinge

O epítome do mistério, os gregos diziam que ela era a filha de Quimera e Ortros. A criatura tinha corpo de leão, cauda de serpente, asas de águia e cabeça e seios femininos. A esfinge foi enviada por Hera para punir o povo de Tebas. Ela ficava no Monte Fício e desafiava todos os viajantes que passavam por ali com um enigma quase impossível. Aqueles que falhassem em responder, eram devorados imediatamente.
O líder de Tebas, aterrorizado pelo massacre de seus cidadãos, ofereceu a própria coroa a qualquer homem que conseguisse eliminá-la. Édipo, um viajante famoso por sua esperteza, aceitou o desafio. Quando teve seu enigma resolvido, a esfinge se jogou da montanha derrotada, exatamente como o oráculo havia previsto. Outras histórias dão conta de que ela se devorou.
Kali

Esta é uma terrível deusa hindu, cujo nome significa “A Negra”. Muitos dizem que nada dura para sempre – alguns ainda complementam dizendo que tudo é destruído por Kali. Seus três olhos lacrimejam sangue humano; sua língua se estica para envolver o sangue de suas vítimas; cobras passeiam por seu pescoço, e seu corpo negro é “enfeitado” com correntes de caveiras humanas.
Como se tudo isso não fosse assustador o suficiente, ela ainda leva uma arma em cada uma de suas dez mãos. Vítimas são sacrificadas em seus ritos, o Durga-Puja. Ela mata sem dar ouvidos a qualquer pedido de misericórdia. Quando Shiva, seu marido, esteve entre suas vítimas, ela o decapitou e dançou em seu corpo.
Karina

O Rei Salomão, caçando no deserto do Egito, uma vez encontrou uma mulher nua que exigiu saber por que ele estava caçando em sua terra. Ela ainda afirmou que nenhum homem poderia derrotá-la, e, quando o rei perguntou quem poderia, ela respondeu que apenas o arcanjo Miguel. O rei então invocou o arcanjo, cuja armadura brilhante bastou para assustá-la e torná-la velha. A mulher então se identificou como o demônio Karina.
Mãe das Crianças Mortas, Remetente do Olho Mau, Pássaro da Doença... Ela era conhecida por vários nomes nada carinhosos. Dizem que um único olhar dela era capaz de parar o trabalho de parto de vacas e ovelhas e impedir o crescimento de plantações.
Havia histórias também de que seu brilho secavam as sementes dos maridos. Pessoas que a observassem adoeciam rapidamente. Originalmente um humano comum, ela teria comido os próprios filhos para ganhar poderes mágicos. Ela foi condenada a só se alimentar de crianças falecidas. Mulheres que vissem sua genitália sangrenta teriam o mesmo destino. Segundo o que ela disse a Salomão, aquilo era o destino e nada mais.
Fonte: Listverse Foto: Reprodução / Listverse.com