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Museu Berardo: Mais de 500 mil visitantes após um ano
O Museu Colecção Berardo, cuja inauguração faz quarta-feira um ano, ficou marcada pela polémica ocupação do centro de exposições do Centro Cultural de Belém, ultrapassou as estimativas de afluência de público, com mais de 500 mil visitantes.
Na inauguração, a 25 de Junho de 2007, o primeiro-ministro, José Sócrates, colocava grandes esperanças no novo Museu, declarando que a colecção tornava «Lisboa mais competitiva» e que iria colocar Portugal «nos roteiros internacionais de arte» contemporânea.
Pouco tempo antes, a oposição contestara o acordo de comodato assinado entre o Governo e o empresário Joe Berardo, alertando que o Estado estava a ser prejudicado, e Cavaco Silva promulgou o decreto-lei da Fundação Berardo, mas com «dúvidas», sobretudo quanto à «distribuição de poderes» entre o Estado e o coleccionador. Mas a 25 de Junho acabava-se um impasse de dez anos, com um acordo de comodato (empréstimo) segundo o qual 862 obras de arte moderna e contemporânea - avaliadas pela leiloeira inglesa Christie´s em 316 milhões de euros, com opção de compra pelo Estado português até 2016 - ficavam acessíveis ao público num museu.
Obras de Picasso, Bacon, Balthus, Andy Warhol, alguns dos artistas mais cotados a nível internacional, e também de portugueses como Paula Rego, Vieira da Silva, Helena Almeida, Pedro Cabrita Reis, Jorge Molder e Ângelo de Sousa, foram escolhidas pelo director artístico do Museu, Jean-François Chougnet, para a primeira exposição permanente de 450 obras retiradas da colecção.
Fruto de um «nascimento» difícil, após um longo período de negociação entre as partes, e com Joe Berardo a ameaçar várias vezes levar a colecção para o estrangeiro, a ocupação do Centro de Exposições do CCB também não viria a ser pacífica. António Mega Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém (CCB) não gostou de perder a valência do centro de exposições - que recebeu três milhões de visitantes em 14 anos - ficando com as outra duas, a dos espectáculos e do centro de reuniões.
O dia seguinte à festa de inauguração foi ainda ensombrado por um confronto entre Mega Ferreira e Joe Berardo, que acusou o primeiro de não colocar no CCB as bandeiras com o emblema do Museu, e pediu a sua demissão do Conselho de Fundadores da Fundação Colecção Berardo, alegando que não fazia nada pela entidade, e não tinha o perfil adequado para o cargo. Mega Ferreira, que reagiu com «perplexidade» às acusações, anunciou no próprio dia que abandonava aquele cargo, ocupado depois por Joe Berardo, que também é presidente vitalício da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo.
A ministra Isabel Pires de Lima apelou ao entendimento entre as partes para dar estabilidade ao início do novo museu, e a relação entre a Fundação CCB e a Fundação Berardo foi regulada por um protocolo, já que o Museu Berardo ocupa nove mil metros quadrados do centro cultural, e por essa ocupação recebe uma compensação. Mega Ferreira comentou recentemente que continua a aguardar que o Governo altere os estatutos da Fundação CCB, na sequência da perda da valência das exposições para a Fundação Berardo.
A Fundação Berardo, com estatuto de utilidade pública, tem como incumbências a criação, gestão e organização do Museu Colecção Berardo de Arte Contemporânea. Também no âmbito do protocolo, tanto o Estado como o comendador têm que conceder anualmente 500 mil euros cada um destinados ao fundo de aquisições de obras de arte até 2016. As duas partes compartilham também as despesas de funcionamento do museu, que no ano passado somaram cerca de três milhões de euros.
Talvez pela polémica, a curiosidade do público sobre a colecção foi muita. Logo a seguir à inauguração, foram muitos os fins-de-semana em que se formavam longas filas à porta do Museu Berardo com pessoas desejosas de conhecer as obras de arte moderna e contemporânea do comendador. Com entrada gratuita desde o primeiro dia, e que se foi mantendo ao longo do ano, a afluência do público ultrapassou as estimativas iniciais de 400 mil visitantes, com 549.253 visitantes registados entre 25 de Junho de 2007 e 15 de Junho de 2008, últimos dados fornecidos à Agência Lusa pela entidade.
O Museu de Arte Contemporânea de Serralves, por exemplo, recebeu no último ano cerca de 350 mil visitantes, mas no caso desta entidade sediada no Porto, as entradas não são gratuitas. Quanto às exposições temporárias deste primeiro ano de actividade do Museu Berardo, as mais visitadas foram «Caminhos Excêntricos» (de 09 de Novembro de 2007 a 20 de Janeiro de 2008), com 35.053 visitantes, a «Maison Tropicale» de Ângela Ferreira (11 de Março a 11 de Maio), com 32.519, o BesPhoto (13 de Março de 2008 a 4 de Maio de 2008), com 26.969, e a última inagurada no Museu, «Le Corbusier, Arte da Arquitectura» (inagurada a 19 de Maio), com 23.126 visitantes até 15 de Junho.
O Museu Colecção Berardo, cuja inauguração faz quarta-feira um ano, ficou marcada pela polémica ocupação do centro de exposições do Centro Cultural de Belém, ultrapassou as estimativas de afluência de público, com mais de 500 mil visitantes.
Na inauguração, a 25 de Junho de 2007, o primeiro-ministro, José Sócrates, colocava grandes esperanças no novo Museu, declarando que a colecção tornava «Lisboa mais competitiva» e que iria colocar Portugal «nos roteiros internacionais de arte» contemporânea.
Pouco tempo antes, a oposição contestara o acordo de comodato assinado entre o Governo e o empresário Joe Berardo, alertando que o Estado estava a ser prejudicado, e Cavaco Silva promulgou o decreto-lei da Fundação Berardo, mas com «dúvidas», sobretudo quanto à «distribuição de poderes» entre o Estado e o coleccionador. Mas a 25 de Junho acabava-se um impasse de dez anos, com um acordo de comodato (empréstimo) segundo o qual 862 obras de arte moderna e contemporânea - avaliadas pela leiloeira inglesa Christie´s em 316 milhões de euros, com opção de compra pelo Estado português até 2016 - ficavam acessíveis ao público num museu.
Obras de Picasso, Bacon, Balthus, Andy Warhol, alguns dos artistas mais cotados a nível internacional, e também de portugueses como Paula Rego, Vieira da Silva, Helena Almeida, Pedro Cabrita Reis, Jorge Molder e Ângelo de Sousa, foram escolhidas pelo director artístico do Museu, Jean-François Chougnet, para a primeira exposição permanente de 450 obras retiradas da colecção.
Fruto de um «nascimento» difícil, após um longo período de negociação entre as partes, e com Joe Berardo a ameaçar várias vezes levar a colecção para o estrangeiro, a ocupação do Centro de Exposições do CCB também não viria a ser pacífica. António Mega Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Fundação Centro Cultural de Belém (CCB) não gostou de perder a valência do centro de exposições - que recebeu três milhões de visitantes em 14 anos - ficando com as outra duas, a dos espectáculos e do centro de reuniões.
O dia seguinte à festa de inauguração foi ainda ensombrado por um confronto entre Mega Ferreira e Joe Berardo, que acusou o primeiro de não colocar no CCB as bandeiras com o emblema do Museu, e pediu a sua demissão do Conselho de Fundadores da Fundação Colecção Berardo, alegando que não fazia nada pela entidade, e não tinha o perfil adequado para o cargo. Mega Ferreira, que reagiu com «perplexidade» às acusações, anunciou no próprio dia que abandonava aquele cargo, ocupado depois por Joe Berardo, que também é presidente vitalício da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo.
A ministra Isabel Pires de Lima apelou ao entendimento entre as partes para dar estabilidade ao início do novo museu, e a relação entre a Fundação CCB e a Fundação Berardo foi regulada por um protocolo, já que o Museu Berardo ocupa nove mil metros quadrados do centro cultural, e por essa ocupação recebe uma compensação. Mega Ferreira comentou recentemente que continua a aguardar que o Governo altere os estatutos da Fundação CCB, na sequência da perda da valência das exposições para a Fundação Berardo.
A Fundação Berardo, com estatuto de utilidade pública, tem como incumbências a criação, gestão e organização do Museu Colecção Berardo de Arte Contemporânea. Também no âmbito do protocolo, tanto o Estado como o comendador têm que conceder anualmente 500 mil euros cada um destinados ao fundo de aquisições de obras de arte até 2016. As duas partes compartilham também as despesas de funcionamento do museu, que no ano passado somaram cerca de três milhões de euros.
Talvez pela polémica, a curiosidade do público sobre a colecção foi muita. Logo a seguir à inauguração, foram muitos os fins-de-semana em que se formavam longas filas à porta do Museu Berardo com pessoas desejosas de conhecer as obras de arte moderna e contemporânea do comendador. Com entrada gratuita desde o primeiro dia, e que se foi mantendo ao longo do ano, a afluência do público ultrapassou as estimativas iniciais de 400 mil visitantes, com 549.253 visitantes registados entre 25 de Junho de 2007 e 15 de Junho de 2008, últimos dados fornecidos à Agência Lusa pela entidade.
O Museu de Arte Contemporânea de Serralves, por exemplo, recebeu no último ano cerca de 350 mil visitantes, mas no caso desta entidade sediada no Porto, as entradas não são gratuitas. Quanto às exposições temporárias deste primeiro ano de actividade do Museu Berardo, as mais visitadas foram «Caminhos Excêntricos» (de 09 de Novembro de 2007 a 20 de Janeiro de 2008), com 35.053 visitantes, a «Maison Tropicale» de Ângela Ferreira (11 de Março a 11 de Maio), com 32.519, o BesPhoto (13 de Março de 2008 a 4 de Maio de 2008), com 26.969, e a última inagurada no Museu, «Le Corbusier, Arte da Arquitectura» (inagurada a 19 de Maio), com 23.126 visitantes até 15 de Junho.
