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Um homem britânico revelou, esta quinta-feira, não saber se as cinzas que foram entregues por uma funerária investigada pela polícia são de sua esposa. E não é o único, uma vez que afinal há mais de 700 famílias que podem estar na mesma situação.
Mike Collinson esteve com a esposa Jean durante 50 anos antes de ela morrer em novembro. A sua família pediu à Legacy Independent Funeral Directors, com sede em Hull, Inglaterra, que organizasse uma cremação mas, no entanto, no mês passado, a Polícia de Humberside invadiu a empresa, noticiou a Sky News.
Duas pessoas, um homem de 46 anos e uma mulher de 23, foram detidas por suspeita de impedimento de enterros lícitos e decentes, fraude por falsa representação e fraude por abuso de posição.
A dupla foi libertada sob fiança, mas a investigação contínua e cerca de uma semana depois, as autoridades contataram Collinson. "Eles me ligaram e disseram que precisavam de me encontrar porque um dos caixões tinha o nome de Jean", contou à Sky News.
"Eu pensei, 'oh meu Deus, o que aconteceu aqui?', e questionei: 'Jean também está nisso?'. Eles responderam: 'Não sabemos e também não sabemos o que há nos outros caixões'", referiu ainda.
Numa conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, o subchefe da polícia, Thom McLoughlin, revelou que a polícia recebeu mais de 2.000 chamadas de clientes da funerária preocupados e esteve em contacto com mais de 700 famílias.
Tal como Collinson, um "número significativo" destas chamadas era sobre preocupações com a identificação das cinzas de entes queridos.
Collinson enfrenta agora a possibilidade de ter de se despedir novamente da mulher. "É uma incerteza e não sei o que realmente está a acontecer, sabe?" questionou, acrescentando que tem consigo "algumas cinzas que estão na caixa correta do crematório, e dentro delas tem o nome de Jean, data de nascimento e data da morta", mas que ainda não sabe "se são dela ou não".
A polícia destacou que os detetives têm trabalho "24 horas por dia", desde que levantaram questões "sobre os processos de armazenamento e gestão relacionados com os cuidados de dados aos corpos" na funerária.
No entanto, McLoughlin esclareceu que seria difícil identificar as cinzas humanas recuperadas. “Infelizmente, dada a alta temperatura necessária para realizar uma cremação, o ADN terá sido comprometido e degradado a tal nível que não seremos capazes de recuperar um perfil”, frisou.
“Isso significa que não vamos conseguir identificar nenhuma das cinzas humanas. Isto será, é claro, uma notícia devastadora para as famílias e entes queridos e têm as minhas mais sinceras condolências neste momento difícil”, acrescentou.
IN:NM