• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

"Não tenham medo, não tenham medo, confiem, o CDS vai ser capaz"

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
Portas abandona liderança do CDS. E garante que teria saído mesmo que o governo com o PSD tivesse continuado em funções.

ng5517032.JPG

O presidente do CDS-PP manifestou-se hoje confiante na nova geração a quem vai passar o testemunho, prometendo isenção na escolha do seu sucessor e revelando que sairia mesmo que o Governo com o PSD tivesse continuado em funções.Paulo Portas chegou à liderança do CDS-PP em 1998 - quando derrotou Maria José Nogueira Pinto, depois de Manuel Monteiro se demitir, na sequência do fracasso eleitoral nas autárquicas -, sendo o líder há mais tempo à frente de um partido.Paulo Portas vai deixar a liderança do CDS-PP
ng5515692.jpg



  • [*=center]

    [*=center]



"Quero que saibam que se as eleições de 4 de outubro tivessem resultado num novo mandato de Governo da coligação, antes do final eu teria, e sobre isso conversei com o presidente do PSD, com tempo e naturalmente, aberto a sucessão no meu partido", revelou Paulo Portas.A quem fica entregue o CDS?Para já, não são conhecidos candidatos à sucessão, mas fontes contactadas pelo Diário de Notícias indicam que Assunção Cristas, Pedro Mota Soares e Nuno Melo estarão entre os nomes mais fortes para assumir o lugar. O DN sabe que também Diogo Feio, antigo eurodeputado do CDS e membro da comissão diretiva, tido como muito próximo de Lobo Xavier (um histórico do partido) não exclui candidatar-se à liderança. Na calha está ainda o ex-secretário de Estado da Administração Interna e vice-presidente do CDS-PP João Almeida.A ex-ministra da Agricultura, que foi uma das apostas de Paulo Portas, tem vindo a destacar-se nos últimos anos, sendo bastantes vezes apontada como alternativa à sucessão. A própria Assunção Cristas chegou a admitir, antes do verão, estar disponível para avançar "se um dia a questão se colocar"Cristas está disponível para a liderança. Portas recorda que "há presidente eleito" e "prioridades"
ng5516129.jpg


  • [*=center]

    [*=center]



Numa declaração na sede do partido, em Lisboa, após a reunião da comissão política nacional em que comunicou que não se recandidata à liderança dos centristas no 26º Congresso, Paulo Portas citou João Paulo II e pediu aos militantes e simpatizantes que não tenham medo da próxima etapa da vida do partido."O partido fará com total isenção da minha parte uma escolha de futuro, que deve ter toda liberdade para se afirmar"


  • [*=center]

    [*=center]


Paulo Portas manifestou "uma grande nova esperança na nova geração do CDS", à qual "chegou o tempo de, num ciclo político novo, dar grandes responsabilidades".As razões da saídaO ainda líder do CDS afastou qualquer comparação com a liderança do seu ex-parceiro de coligação, Passos Coelho, e sublinhou a principal razão que o leva a deixar a liderança do CDS é a longevidade da sua presidência, para qual foi eleito pela primeira vez em 1998 (esteve ausente apenas dois anos, entre 2005 e 2007).Coligação PSD-CDS. Votos de casamento renovados na oposição
ng5277497.JPG



  • [*=center]

    [*=center]



"É honesto estar consciente de que se me candidatasse agora teria de estar disponível não para um mandato de dois anos, mas vários mandatos de vários anos, os da oposição e da reconquista e do regresso do centro direita ao Governo", afirmou."Isso levaria a minha presidência do CDS para lá de 20 anos de exercício, o que, com toda a franqueza, não é politicamente desejável", afirmou.Irrevogável ou haverá um regresso?Paulo Portas defendeu que "depois do que aconteceu a 4 de outubro nada ficará como dantes", numa referência ao Governo apoiado pela maioria de esquerda no parlamento, e que o "centro-direita só voltará a ser Governo em Portugal com maioria absoluta de deputados, qualquer outro cenário é um risco fatal"."O CDS e certamente o PSD vão ter de pedalar, inovar e crescer muito"


  • [*=center]

    [*=center]


O líder do CDS argumentou que, "no futuro, o chamado voto útil será muito mais relevante" e "os portugueses darão mais valor a um partido que não é calculista e não é demagogo".O futuro do CDSPaulo Portas insistiu na mensagem de esperança e confiança na nova geração do partido, pela qual, disse, puxou, incentivando os jovens dirigentes a andarem "pelo seu pé" e a "não dependerem da política"."O CDS foi sempre capaz de, nas horas certas, dar um salto em frente quando um novo ciclo político se abre", declarou, considerando que a sua sucessão não deve ser olhada "como um problema, mas uma oportunidade, algo que traz ao CDS renovação e não apenas continuidade, uma decisão que, em qualquer caso, deverá permitir ao CDS renovar a sua liderança, reposicionar a sua estratégia, recomeçar a sua luta, refletir num novo projeto e numa nova agenda".Portas disse conhecer e perceber mas não estar excessivamente preocupado "com a natural e muito democrática preocupação que possam ter neste momento os militantes e simpatizantes"."Porventura, a personalidade que mais marcou a minha geração disse um dia 'não tenham medo, não tenham medo'. É isso que neste tempo de vésperas, para construir futuro, para passar o testemunho, para confiar em gente com muita qualidade, eu queria dizer em último lugar, como se fosse em primeiro. Não tenham medo, não tenham medo, confiem, o CDS vai ser capaz", pediu o líder cessante.A afirmação de Paulo Portas inclui uma dupla citação, por um lado, do papa João Paulo II, ao pedir "não tenham medo" e, por outro lado, do antigo presidente do CDS Adriano Moreira, ao usar a expressão "tempo de vésperas".As coligações com o PSDÀ frente do CDS entre 1998 e 2005 e de novo desde 2007 até agora (Ribeiro e Castro ocupou o lugar naqueles dois anos, depois da derrota da direita nas legislativas de 2005), Paulo Portas negociou três coligações com o PSD para governar o país. Na primeira, em 2002, conseguiu três ministérios para o seu partido - Trabalho, Justiça e Defesa Nacional, pasta assumida pelo próprio líder centrista.Tendo conseguido que o CDS-PP se tornasse na terceira força partidária nas legislativas de 2009, conquistando 21 lugares no Parlamento - altura em que Assunção Cristas chegou à Assembleia -, voltou a ver o seu partido crescer em 2011, quando elegeu 24 deputados. Foi com esta votação que se juntou pela segunda vez ao PSD para formar governo, assumindo ele próprio o lugar de ministro dos Negócios Estrangeiros e trazendo Assunção Cristas para a pasta da Agricultura e Mota Soares para a Segurança Social.No verão de 2013, Paulo Portas causaria a mais grave crise política do governo de Passos Coelho com a sua demissão "irrevogável". Antecipou-se a queda do governo, o fim da liderança de Portas (os secretários de Estado centristas não o seguiram, como se esperava, e a demissão dos ministros Pedro Mota Soares e Assunção Cristas não foi aceite pelo CDS), mas o então primeiro-ministro recusou-se a ceder e o líder centrista recuou, acabando não só por manter-se no governo como por ganhar mais destaque. Da crise política, saiu vice-primeiro-ministro, conseguindo mais um lugar para o CDS no governo - a pasta da Economia ficou nas mãos de Pires de Lima.Nas últimas legislativas, Portas juntou-se a Passos ainda antes de irem a votos e a coligação PSD-CDS venceu as eleições. Foi a primeira vez que os partidos que impuseram austeridade o conseguiram - ainda que essa se tornasse na legislatura mais curta da democracia. Viriam a ser afastados do governo 11 dias depois de tomarem posse, pela maioria parlamentar de esquerda, que votou uma moção de rejeição ao programa do governo.O Conselho Nacional do partido, o órgão máximo entre congressos, reunirá no dia 8 de janeiro para convocar o 26.º Congresso, e definir o local, a data e os regulamentos da reunião magna dos centristas que estatutariamente é eletiva da liderança e teria de realizar-se em 2016.



d
n
 
Topo