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Negócio fechado: Cofina paga 181 milhões de euros para ficar com Media Capital

Lordelo

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O negócio de compra da Media Capital pela Cofina está avaliado em 181 milhões de euros. As negociações entre os dois grupos terminaram, tendo ficado acordado que a Cofina paga à Prisa 170,6 milhões de euros pelos 94,69 por cento que detém na Media Capital, enquanto o restante capital detido pelos restantes accionistas vale 10,5 milhões de euros. Assim, o preço global que o grupo liderado por Paulo Fernandes pagará pela totalidade da Media Capital será de 181 milhões de euros.

Recorde-se que a concretização do negócio está ainda dependente dos pareceres da Autoridade da Concorrência e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Do lado espanhol, valoriza-se este desfecho. Como refere o El País, jornal detido pela Prisa e que avançou com a notícia durante esta madrugada, a operação valoriza o grupo Media Capital em 255 milhões, uma vez que os novos donos irão assumir a dívida. “É um valor muito atractivo porque equivale a 7,3 vezes o EBITDA gerado pela Media Capital nos últimos 12 meses (a 30 de Junho)”, aponta o El País. A Prisa descreve a Media Capital como “um activo rentável mas considerado não estratégico” e irá destinar os milhões do negócio para amortizar a dívida do grupo espanhol.

Do lado português, a Cofina prepara um aumento de capital. O grupo anunciou que o financiamento da operação “está assegurado através de crédito bancário já aprovado e da realização de um aumento de capital. Excluindo a percentagem do capital em free-float, o aumento de capital está garantido em mais de 50 por cento pelos actuais accionistas de referência, sendo, no entanto, possível que entrem novos investidores com posições qualificadas”. O comunicado da Cofina não identifica os “novos investidores”, mas informações avançadas por várias fontes apontam para o envolvimento do empresário Mário Ferreira e do espanhol Abanca.

O jornal Expresso tinha já avançado que a operação será financiada pelo banco Santander e Société Générale, mas também através de um aumento de capital de cerca de 80 milhões de euros, subscrito pelo banco espanhol Abanca e pelo empresário Mário Ferreira. Paulo Fernandes irá aumentar a sua participação no grupo, investindo mais de 20 milhões de euros neste aumento de capital, um montante semelhante ao de Mário Ferreira. O restante núcleo duro de accionistas da Cofina também deverão participar no aumento de capital mas não na totalidade, diminuindo assim a sua participação, aponta o mesmo jornal.

Linhas editoriais para manter e mais produção para exportar

“Esta aquisição permite, que após alguns anos, um dos principais grupos de meios de comunicação social, volte a ter um accionista de matriz nacional”, destaca o grupo Cofina em nota enviada às redacções. “O projecto da Cofina passa por manter as linhas editoriais dos diferentes meios de comunicação social que detém e que passará a deter, bem como todos os profissionais que estejam dispostos a colaborar neste novo projecto”, refere a mesma nota que aponta que, na área da produção audiovisual o caminho “passará por intensificar a criação de conteúdos de perfil exportador, tendo em vista a transposição para a legislação nacional da designada ‘directiva Netflix’”, que implicará mais conteúdos locais nas plataformas multinacionais. A Cofina promete também “uma oferta diversificada de conteúdos de informação e de entretenimento, através da imprensa escrita, televisão e rádio, seja offline ou online”.

Aquele que passará a ser o maior grupo de media nacional promete ser “tecnologicamente evoluído, capaz de gerar eficiências e com foco contínuo na liderança dos segmentos em que opera, assegurando a sustentabilidade dos conteúdos de língua portuguesa”.


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