Portal Chamar Táxi

Negócios entre traficantes do Vale do Ave dão 37 acusados

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
39,067
Gostos Recebidos
442
Negócios entre traficantes do Vale do Ave dão 37 acusados

Trinta e sete indivíduos foram acusados numa das maiores investigações ao tráfico de droga na região do Vale do Ave. A GNR desmantelou várias redes que tinham entre a clientela não só consumidores como vendedores de heroína e cocaína.

Faz na próxima semana um ano que uma operação do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Santo Tirso desferiu o primeiro golpe num complexo circuito de tráfico de droga, com 12 detenções nos concelhos de Vila Nova de Famalicão, Famalicão e Santo Tirso.

Desde então, a "bola de neve" não parou de crescer, tendo sido descobertas interligações entre pelo menos cinco redes que, embora com organização autónoma e áreas de actuação distintas, tinham membros que foram apanhados, em escutas telefónicas e vigilâncias, a estabelecer negócios.

Segundo o JN apurou, a 21 dos 37 arguidos é imputado o crime de tráfico de estupefacientes agravado e oito irão responder, também, por associação criminosa. Alguns estão acusados igualmente de detenção de arma proibida e de receptação. Actualmente, há 17 suspeitos a aguardar julgamento em prisão preventiva.

Ao longo da investigação, a GNR referenciou na sua maioria indivíduos desempregados ou sem profissão, bem como dois empresários.

Um deles, dono de um café em Delães (Famalicão), de 51 anos, é apontado como dos principais protagonistas. Segundo a acusação, estabeleceu vários contactos com outros traficantes - nove deles arguidos - combinando entregas de droga em locais públicos, longe de casa ou do local de trabalho. Foi apurado que, em média, negociava a heroína por verbas até 30 euros a grama e a cocaína por 60 euros/grama.

Outro dos muitos casos descritos é o de dois homens, de Roriz (Santo Tirso), desempregados, que em quatro meses terão arrecadado cerca de 70 mil euros com as vendas. E o de um evadido da cadeia de Paços de Ferreira, com cadastro por furto, que enveredou pelo tráfico nos poucos meses em que esteve em liberdade.

Nos acusados destacam-se também oito indivíduos com ligações a um acampamento cigano em Meães (Famalicão). Liderado por uma mulher, de 51 anos, com ajuda de três filhos e outros colaboradores, o grupo é acusado de associação criminosa, pela organização revelada. As tarefas de cada um eram bem definidas e o estupefaciente armazenado numa casa a 400 metros do acampamento.

Este processo do NIC de Santo Tirso, declarado de especial complexidade, originou mais detenções no último Verão,tendo sido extraídas certidões.

JN
 
Topo