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Neste país só os cegos podem ser massagistas

kokas

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Set 27, 2006
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Quem não for invisual e exercer a profissão arrisca-se a ser condenado a três anos na cadeia




Noções de anatomia, que se aprendem no curso, e mãos firmes costumam ser os requisitos habituais para se ser massagista, pelo menos no mundo ocidental. Já na Coreia do Sul, quem quiser tirar a licença de massagista tem de cumprir, primeiro, uma condição básica: ser cego.



A lei, que data de 1913, já foi posta em causa pelo menos quatro vezes ao longo do último século, mas esta terça-feira o Tribunal Constitucional sul-coreano ratificou a lei, impedindo pessoas que não sejam invisuais de exercer a profissão.



As autoridades da Coreia do Sul decidiram que apenas pessoas cegas podiam ganhar dinheiro com massagens porque essa era a única forma de terem uma fonte de rendimento. Quem incumprir, ou seja, quem não for cego e fazer massagens a troco de uma remuneração, arrisca-se a ter de pagar uma multa de cerca de 3,7 mil euros ou poderá ser condenado a três anos de prisão.






Esta nova sentença explicou que a decisão de não revogar a lei se deve ao facto dos cegos terem tão poucas opções de carreira que essa é a "única maneira" de ajudá-los a ganhar a vida, noticiou a BBC.


A lei chegou a ser suspensa no final da Segunda Guerra Mundial pelos representantes do governo dos EUA, que controlavam a península coreana, mas voltou a ser adotada em 1963.


Desde então, as polémicas entre massagistas cegos e não-cegos têm sido frequentes, uma vez que estes exigem o direito constitucional de escolher a profissão. De acordo com a Constituição do país, cada cidadão tem o direito de escolher a carreira e o Estado não pode interferir nesta decisão.



A proibição também levou à abertura de lojas onde são oferecidas massagens ilegalmente.



Segundo dados do governo sul-coreano, existem 7 mil pessoas cegas que são massagistas e o número de pessoas sem problemas de visão que também exercem a profissão é de 12 mil.



Os críticos da lei argumentam que ela é também uma forma de discriminação, limitando os cegos a um único trabalho sem a possibilidade de crescer noutras profissões.



dn

 
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