Portal Chamar Táxi

Nuclear: Conflito regional provocaria devastação global

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,470
Gostos Recebidos
1
Nuclear: Conflito regional provocaria devastação global

Investigadores da Academia norte-americana das Ciências divulgaram hoje um estudo, segundo o qual uma guerra nuclear regional aniquilaria não só os países envolvidos, como provocaria uma devastação global pelo menos durante uma década.

Até um conflito limitado, embora com bombardeamentos em massa, seria suficiente - de acordo com o documento - para atirar para a atmosfera uma tal quantidade de cinzas que destruiria a camada de ozono sobre áreas densamente povoadas.

O buraco na camada de ozono sobre o Árctico tem preocupado os cientistas há anos, porque permite a passagem para a superfície terrestre de perigosas radiações ultravioletas emanadas pelo sol.

Em consequência, numerosos agentes químicos têm sido proibidos com o objectivo de corrigir progressivamente a situação.

Mas um buraco na camada de ozono provocado por um cataclismo nuclear seria muito pior para animais e plantas, com efeito sobre milhões de seres humanos que teriam graves danos oculares e padeceriam de cancro de pele, revela a equipa de investigadores chefiados por J.Mills, da Universidade do Colorado.

Esta equipa recorreu a complexos programas computacionais para criar um modelo da atmosfera se houvesse uma guerra nuclear entre a Índia e o Paquistão, com cada um dos países a detonar bombas 50 vezes mais potentes do que a de Hiroshima

As explosões enviariam para a atmosfera cinco milhões de toneladas métricas de cinzas, que seriam projectadas a 75 quilómetros de altura.

As cinzas e o calor, em consequência de reacções químicas em cadeia, pulverizariam a camada de ozono que protege o planeta das radiações ultravioleta, com consequências fatais.

Mills acentua que, nas áreas de média altitude, o nível de ozono em queda se manteria ao longo de muito anos, repercutindo nos ecossistemas aquático e terrestre.

Os investigadores calcularam que uma queda de 40 por cento no nível de ozono resultaria num aumento de 132 por cento da radiação ultravioleta incidente nas plantas e de 213 por cento no DNA, provocando cancros de pele.

Este quadro seria típico das regiões de média altitude, entre os trópicos e o Árctico, onde habita a maioria da população da Terra.


Diário Digital / Lusa
 
Topo