Portal Chamar Táxi

O "mau papel" dos media

cRaZyzMaN

GF Ouro
Entrou
Jun 2, 2007
Mensagens
5,760
Gostos Recebidos
0
ANTÓNIO MARTINS - "Uma coisa é o escrutínio social da actividade dos tribunais, assim desejável, outra bem diferente é alguma comunicação social arvorar-se em decisor judicial ou utilizar casos judiciais para fazer e incentivar o afrontamento dos tribunais, pugnando pelo não cumprimento das legítimas decisões destes".

Os órgãos de comunicação social podem e devem ter um importante papel em termos de informar (e também formar) os cidadãos. O seu bom desempenho ajudará a construir uma sociedade mais capaz de consciência social crítica e de ser um controle positivo sobre os diversos poderes, incluindo o poder judicial.



Mas uma coisa é o escrutínio social da actividade dos tribunais, assim desejável, outra bem diferente é alguma comunicação social arvorar-se em decisor judicial ou utilizar casos judiciais para fazer e incentivar o afrontamento dos tribunais, pugnando pelo não cumprimento das legítimas decisões destes.





Alguma comunicação social tem desempenhado este mau papel a propósito do vulgarmente designado de “Caso Esmeralda”. Num Estado de Direito os interesses e direitos dos cidadãos e das empresas são decididos nos tribunais e não em programas televisivos, de entretenimento ou ditos informativos, nem através de sondagens de opinião.





Naqueles (os tribunais) as duas partes têm a garantia de que os seus interesses são apreciados por juízes independentes, imparciais, isentos e íntegros e que tudo farão para fazer Justiça, “dando a cada um o que é seu”.





Nos programas televisivos e nas sondagens de opinião, inquinadas pela desinformação, só uma das partes é que tem a vantagem de ter a “apresentadora” como amiga e de aparecerem “especialistas” ou “pessoas influentes”, como se nada tivessem com o caso, dando assim uma aura de nobreza ao seu gesto, mas que afinal elaboraram pareceres para um dos lados, ou têm grandes amizades, às vezes forjadas no companheirismo militar, com uma das partes.





Era bom saber o que move também alguns editorialistas de jornais que têm “opinado” sobre este caso. Apenas ignorância?

@ Meia Hora
 
Topo