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'O país sucumbiu a poderosas redes de corrupção e tráfico de influências', diz Marinh

florindo

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Out 11, 2006
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«O país sucumbiu a poderosas redes de corrupção e tráfico de influências», afirmou o bastonário da Ordem dos Advogados na inauguração do ano judicial.

«Pessoas houve que acumularam fortunas gigantescas no exercício exclusivo de altas funções públicas» disse Marinho Pinto, «houve verdadeiros assaltos aos recursos públicos» e «bancos foram saqueados em milhares de milhões de euros e os principais beneficiados continuam impunes».

Perante o Presidente da República e as mais altas figuras do mundo judicial, Marinho afirmou o «orgulho» de pertencer à geração que fez o 25 de Abril e questionou: «O que posso dizer aos meus filhos?». «As elites portuguesas falharam e conduziram o país à beira do caos económico e financeiro», respondeu o próprio, e acrescentou «mais do que isso: perante o confrangedor aumento de pobreza de uns e a escandalosa acumulação de riqueza de outros fica-nos a ideia que as nossas elites, ou parte delas, procederam a um verdadeiro saque do Estado».

Agora, disse Marinho Pinto, «como noutros momentos da nossa história será mais uma vez o povo que terá de resolver a situação, pagando as facturas destes erros, esbanjamentos e roubos das últimas décadas».

As críticas aos juízes foram outro ponto forte do discurso do bastonário. Sem nunca falar directamente em nomes, criticou, em geral, os juízes que falam na comunicação social, afirmando que «há uma onda de vedetismo que assola a magistratura judicial», «uma compulsiva necessidade de dar nas vistas».

Depois, ainda sem dizer directamente sobre quem estava a falar, mas referindo-se claramente ao juiz Carlos Alexandre, questionou: «Que respeito se pode ter pelas magistraturas e pela justiça em geral quando há magistrados que desafiam impunemente a autoridade do próprio presidente deste tribunal?» - numa alusão à decisão de Carlos Alexandre não destruir, como ordenado pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a escutas das conversas entre Armando Vara e José Sócrates.

Ou ainda, em relação ao mesmo juiz: «O que podemos pensar dos juízes portugueses quando um deles, através de actos de pura chicana na comunicação social, devolve o equipamento que lhe fora entregue para o exercício das suas funções?» e o «que podem os portugueses pensar quando um juiz afirma à comunicação social que foi alvo de escutas telefónicas ilegais, sem que nada aconteça?».

Mais uma vez, Marinho Pinto deu a resposta. «Ou é verdade e devia cair o Carmo e a Trindade ou não é, e então o juiz em causa devia ser afastado das funções por irresponsabilidade».

SOL
 
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