Luz Divina
GF Ouro
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O pior drama dos seropositivos ainda é o estigma

O antigo secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, destacou hoje os progressos alcançados no tratamento de portadores de HIV/sida, mas lamentou as barreiras sociais que os seropositivos continuam a enfrentar, nomeadamente no mercado de trabalho.
“Com os novos tratamentos, traduzidos na chamada terapêutica combinada, a infeção por VIH/sida foi transformada numa doença crónica, mas ainda assim, subsiste um fortíssimo estigma face aos portadores, afetando o seu direito a continuarem a exercer uma profissão”, assinalou o antigo governante socialista e médico.
“O que necessitamos, por isso, é sobretudo de desmistificar a doença”, preconizou.
Manuel Pizarro associa-se hoje, no Porto, ao lançamento do livro “Diagnóstico da infeção VIH/sida”, de Isabel Dias, que é investigadora do Instituto de Sociologia e do Centro de Ciências Forenses e docente no Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
O também deputado disse que participa no lançamento deste livro por lhe reconhecer “o mérito de fazer uma coisa muito rara em Portugal, e mesmo à escala internacional, que é estudar com profundidade a relação entre o diagnóstico entre a infeção e o diagnóstico VIH/sida e o mundo laboral”.
“Como as pessoas [infetadas pelo vírus] continuam a sentir o fortíssimo estigma, na maior parte dos casos a atitude que tomam é o silêncio. É uma atitude que se justifica pelo receio de serem discriminadas e de verem o seu futuro laboral ser posto em causa”, referiu.
“Tudo isto gera um vasto conjunto de equívocos e muito sofrimento escusado. Trata-se, portanto, de um problema que precisa de continuar a ser estudado para que possa, mais eficazmente, continuar a ser denunciado e combatido”, acrescentou.