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Como reiteradas vezes faço, passei ontem, ou terá sido na semana passada? bem, não vem ao caso, o que realmente importa é que eu passei pelo supermercado do centro da cidade com o fim de levar alguma coisa para o lanche da tarde.
Me lembro que estava uma tarde bem quente e eu estava particularmente bem naquela tarde, o dia havia transcorrido de forma bem tranqüila sem nenhuma novidade no trabalho (nada que mereça ser comentada) o que queria era chegar logo em casa afim de poder ver minha família, dar um abraço e um beijo na minha esposa, quem sabe ver um programa na televisão, talvez ouvir uma boa musica enquanto não apontava a hora de ir ate a Igreja (reunião de oração) com o meu pessoal. Eu estava bem, o dia havia transcorrido em paz ate que... Entrando no supermercado, dirigi-me inicialmente a padaria do mesmo e... fila, como diria um tio meu, português que é (tio Adelino) “ a bicha estava comprida que só”, mas enfim chegou a minha vez, pedi ali 6 pães e em seguida fui para a seção de frios e... isso mesmo...fila de novo, nessa altura, o meu conceito de dia bom , dia tranqüilo já havia sofrido um certo abalo... mas tudo bem, comprei ali o que queria, por ali mesmo apanhei leite e mais alguma coisa e, pacientemente, já prevendo uma certa demora no caixa (que sempre tem uma filazinha) dirigi-me ate ela e, ali chegando confirmei aquela velha máxima da fila que sempre existe no caixa de um supermercado, para minha surpresa porem, ela não era longa, o que me devolveu a animação, olhei o relógio e vi que daria tempo de chegar em casa e fazer um lanche ate com certa tranqüilidade, o programa de televisão já era, mas musica dava para ouvir enquanto lanchava. Começou o drama. Em chegando a minha vez de ser atendido teve inicio o que eu considero um dos momentos mais chatos acontecidos comigo nessa loja (e infelizmente não foi a primeira vez). Feitos os cálculos, a funcionaria informou o valor da compra, isso de uma forma displicente (achei, talvez não fosse assim):
- São 7,47 R$ senhor, é dinheiro ou cartão?
Respondi a ela dizendo que iria pagar com dinheiro e dei a ela uma nota de 10,00R$, nota que ela apanhou, colocou no caixa e, juntamente com a nota (que não era fiscal) das compras, me colocou displicentemente na mão um troco de 2,53R$, certo? Errado, ela se achou (orientada ou não, não sei, não me cabe julgar) no direito de “esquecer” que o valor do troco é esse e, me devolveu 2,50R$, dizendo simplesmente:
- Obrigado senhor e volte sempre...Próximo
Eu, num primeiro momento pensei em deixar para la, afinal 3 centavos não me acrescentariam grande coisa na vida, nem fariam assim tanta falta, porem acredito que a forma displicente como ela me tratou (se orientada não sei) me incomodou e eu resolvi fazer valer uma velha máxima ensinada por minha querida mãe, que é a seguinte;
“O que é meu é meu, o que é do outro é do outro”
- Moça, o troco esta errado, faltam 3 centavos.
Ao dizer isso em alto e bom som, confesso que não estava preparado psicologicamente para as reações ao meu redor. A funcionaria do caixa parou o atendimento que estava fazendo, se virou para mim e, como se estivesse me vendo pela primeira vez e, como se eu não tivesse acabado de efetuar uma compra e pago por essa compra, me olhou de cima abaixo e como quem pensa: “Meu deus que coisa horrível, ele esta QUERENDO um troco de 3 míseros centavos” disse-me:
- Moço, eu não tenho três centavos, o senhor (sera que ouvi uma ironia nesse senhor?) aceita balas?
Respondi a ela que sim, desde que pudesse usa-las como forma de pagamento em uma futura compra. Ela riu (mais ironia?) dizendo que não, que não era política da empresa aceitar esse tipo de transação comercial. Enquanto isso os demais clientes da fila e no entorno dela principiaram risos e comentários desairosos, do tipo:
- “Magina” escândalo por causa de 3 centavos.
- Ate parece que vai comprar muuuito com 3 centavos.
- Que vergonha, brigar por causa de 3 centavos
Outros diziam (gostei mais desses):
- É um direito dele ué...
- Tem mesmo que pedir, é dele...
- Eu faria o mesmo e ate mais...
Comentários assim tem sempre o poder de animar a gente e, animado por estes comentários e afim de mostrar que direito é direito “bati o pé” dizendo:
- Se a empresa não aceita balas como parte de pagamento para compras, baseado em que ela deixa de me devolver o troco completo e, quando reclamo desse fato, me é oferecido balas como complemento?
Bem, o fato é que a discussão se prolongou por mais alguns minutos e afinal apareceu por debaixo da gaveta das notas, cheques e moedas de um valor maior, um ”saquinho” plástico cheio de... moedas de 1 centavo. A funcionária do caixa me deu (ou terá jogado?) 3 centavos na mão, não me olhou novamente e como quem diz “ate que enfim esse chato se foi”, voltou a atender os demais clientes, já eu, debaixo de olhares entre curiosos e jocosos fui pra casa e, confesso, sem saber se ria ou se chorava, porem com meus 3 centavos no bolso.
NO dia seguinte, no mesmo supermercado, no mesmo caixa e com a mesma funcionária (sera que fiz de propósito?)
- São 7,47R$ senhor...(se ela olhou para mim, fez de conta que não me reconheceu. Sera?)
PedroGeraldo
Me lembro que estava uma tarde bem quente e eu estava particularmente bem naquela tarde, o dia havia transcorrido de forma bem tranqüila sem nenhuma novidade no trabalho (nada que mereça ser comentada) o que queria era chegar logo em casa afim de poder ver minha família, dar um abraço e um beijo na minha esposa, quem sabe ver um programa na televisão, talvez ouvir uma boa musica enquanto não apontava a hora de ir ate a Igreja (reunião de oração) com o meu pessoal. Eu estava bem, o dia havia transcorrido em paz ate que... Entrando no supermercado, dirigi-me inicialmente a padaria do mesmo e... fila, como diria um tio meu, português que é (tio Adelino) “ a bicha estava comprida que só”, mas enfim chegou a minha vez, pedi ali 6 pães e em seguida fui para a seção de frios e... isso mesmo...fila de novo, nessa altura, o meu conceito de dia bom , dia tranqüilo já havia sofrido um certo abalo... mas tudo bem, comprei ali o que queria, por ali mesmo apanhei leite e mais alguma coisa e, pacientemente, já prevendo uma certa demora no caixa (que sempre tem uma filazinha) dirigi-me ate ela e, ali chegando confirmei aquela velha máxima da fila que sempre existe no caixa de um supermercado, para minha surpresa porem, ela não era longa, o que me devolveu a animação, olhei o relógio e vi que daria tempo de chegar em casa e fazer um lanche ate com certa tranqüilidade, o programa de televisão já era, mas musica dava para ouvir enquanto lanchava. Começou o drama. Em chegando a minha vez de ser atendido teve inicio o que eu considero um dos momentos mais chatos acontecidos comigo nessa loja (e infelizmente não foi a primeira vez). Feitos os cálculos, a funcionaria informou o valor da compra, isso de uma forma displicente (achei, talvez não fosse assim):
- São 7,47 R$ senhor, é dinheiro ou cartão?
Respondi a ela dizendo que iria pagar com dinheiro e dei a ela uma nota de 10,00R$, nota que ela apanhou, colocou no caixa e, juntamente com a nota (que não era fiscal) das compras, me colocou displicentemente na mão um troco de 2,53R$, certo? Errado, ela se achou (orientada ou não, não sei, não me cabe julgar) no direito de “esquecer” que o valor do troco é esse e, me devolveu 2,50R$, dizendo simplesmente:
- Obrigado senhor e volte sempre...Próximo
Eu, num primeiro momento pensei em deixar para la, afinal 3 centavos não me acrescentariam grande coisa na vida, nem fariam assim tanta falta, porem acredito que a forma displicente como ela me tratou (se orientada não sei) me incomodou e eu resolvi fazer valer uma velha máxima ensinada por minha querida mãe, que é a seguinte;
“O que é meu é meu, o que é do outro é do outro”
- Moça, o troco esta errado, faltam 3 centavos.
Ao dizer isso em alto e bom som, confesso que não estava preparado psicologicamente para as reações ao meu redor. A funcionaria do caixa parou o atendimento que estava fazendo, se virou para mim e, como se estivesse me vendo pela primeira vez e, como se eu não tivesse acabado de efetuar uma compra e pago por essa compra, me olhou de cima abaixo e como quem pensa: “Meu deus que coisa horrível, ele esta QUERENDO um troco de 3 míseros centavos” disse-me:
- Moço, eu não tenho três centavos, o senhor (sera que ouvi uma ironia nesse senhor?) aceita balas?
Respondi a ela que sim, desde que pudesse usa-las como forma de pagamento em uma futura compra. Ela riu (mais ironia?) dizendo que não, que não era política da empresa aceitar esse tipo de transação comercial. Enquanto isso os demais clientes da fila e no entorno dela principiaram risos e comentários desairosos, do tipo:
- “Magina” escândalo por causa de 3 centavos.
- Ate parece que vai comprar muuuito com 3 centavos.
- Que vergonha, brigar por causa de 3 centavos
Outros diziam (gostei mais desses):
- É um direito dele ué...
- Tem mesmo que pedir, é dele...
- Eu faria o mesmo e ate mais...
Comentários assim tem sempre o poder de animar a gente e, animado por estes comentários e afim de mostrar que direito é direito “bati o pé” dizendo:
- Se a empresa não aceita balas como parte de pagamento para compras, baseado em que ela deixa de me devolver o troco completo e, quando reclamo desse fato, me é oferecido balas como complemento?
Bem, o fato é que a discussão se prolongou por mais alguns minutos e afinal apareceu por debaixo da gaveta das notas, cheques e moedas de um valor maior, um ”saquinho” plástico cheio de... moedas de 1 centavo. A funcionária do caixa me deu (ou terá jogado?) 3 centavos na mão, não me olhou novamente e como quem diz “ate que enfim esse chato se foi”, voltou a atender os demais clientes, já eu, debaixo de olhares entre curiosos e jocosos fui pra casa e, confesso, sem saber se ria ou se chorava, porem com meus 3 centavos no bolso.
NO dia seguinte, no mesmo supermercado, no mesmo caixa e com a mesma funcionária (sera que fiz de propósito?)
- São 7,47R$ senhor...(se ela olhou para mim, fez de conta que não me reconheceu. Sera?)
PedroGeraldo