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Oficinas manifestam-se contra seguradoras

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GF Ouro
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Jun 2, 2007
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Os proprietários de oficinas e de reboques vão organizar, em Março, uma manifestação junto à Autoridade da Concorrência. A acção servirá de protesto contra as seguradoras e de alerta para a situação crítica do sector. Em causa práticas abusivas das empresas nos sinistros automóveis.

A manifestação assumirá a forma de uma marcha lenta com concentração em frente às instalações da AdC, em Lisboa, mas é possível que passe por algumas seguradoras. O protesto é organizado pela Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), cujas críticas à actuação daquelas instituições financeiras são antigas. A associação acusa as seguradoras de práticas abusivas de mercado nos sinistros automóveis.

As queixas são várias: pressões das seguradoras sobre os proprietários de veículos acidentados para repararem os automóveis nas oficinas com as quais têm convenções, pressões sobre as oficinas para que coloquem peças com qualidade duvidosa, imposição de tabelas de preços aos rebocadores por parte das empresas de assistência em viagem associadas a seguradoras.

O presidente da ARAN, António Teixeira Lopes, explicou ao JN que a primeira comunicação destas práticas à AdC ocorreu em 2005, numa missiva em que se a associação considerava estar perante um abuso de posição dominante. "Até hoje, ainda não obtivemos resposta", garante Teixeira Lopes, que se diz "cansado" de esperar pela posição do regulador.

De resto, foi uma audição recente do presidente da AdC, no Parlamento, que motivou a decisão da ARAN em avançar para a manifestação. "No dia 10 de Fevereiro, Manuel Sebastião foi questionado pelos deputados e não apresentou nada de concreto. Por isso, decidimos ir apresentar-lhe os cumprimentos ", ironiza Teixeira Lopes, lembrando que o próprio secretário de Estado do Comércio e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, afirmou, numa convenção da ARAN, em Maio do ano passado, que a questão iria ser investigada.

Além da manifestação em Março, a ARAN está levar a cabo outras formas de protesto. O descontentamento da associação com a AdC já foi comunicado ao Governo e aos grupos parlamentares. A associação está agora a ponderar apresentar uma queixa à Comissão Europeia.

O presidente da ARAN sublinha, contudo, que o protesto servirá também para denunciar as difíceis condições que enfrenta o sector, pelo que deverá contar com funcionários de oficinas, e não apenas com empregadores. Pelas contas do dirigente, terão encerrado cerca de mil oficinas no ano passado, em todo o país.

@ JN
 
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