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Orquideas

ssyssy

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Orquideas

As orquídeas estão organizadas em mais de 1.800 géneros, subdivididos em torno de 30.000 espécies.

Este banco de dados é um guia para os orquidófilos brasileiros, professores, estudantes e amantes das orquídeas em geral.

Orquídeas epífitas, que não enraízam no solo, mas se fixam a troncos e outras estruturas, representam hoje mais de 90% de todas as espécies de orquídeas. Algumas podem ainda ser terrestres, ou mesmo rupículas (de crescimento em cima de pedras). Gostam, de maneira geral, de muita luz e regas moderadas.

As orquídeas são largamente cultivadas no Brasil e no mundo e seu comércio movimenta grandes somas de dinheiro todos os anos em um mercado crescente. No Brasil, grandes orquidários no Sudeste já produzem centenas de milhares de plantas por ano, que são exportadas para outros países ou vendidas até em supermercados. A Phalaenopsis principalmente, por ser uma planta conhecida por se adaptar bem em apartamentos.

O primeiro passo para cultivar uma orquídea com sucesso é a identificação correcta do género ou espécie e o conhecimento de seu habitat de origem, para saber de suas necessidades naturais em seu meio. A partir destas informações, o cultivo de orquídeas ornamentais (como a Cattleya e a Phalaenopsis) é, ao contrário do que se pensa, uma tarefa relativamente fácil, se respeitadas as regas semanais, os critérios de exposição de luz (na maioria dos casos, luminosidade de 50%, a chamada meia-sombra e nunca sol directo) e a adubação periódica com substratos ricos e apropriados a cada fase de desenvolvimento da planta.

Orquídeas podem ser cultivadas em vasos, placas de xaxim ou fibra de côco e ainda em madeira ou mesmo em árvores, terra ou pedra, dependendo da espécie. Podem florir, em sua maioria, uma vez ao ano, quando tratadas de maneira correcta.

Mudas podem ser nutridas com uma colher de chá de farinha de osso a cada mês nas beiradas do vaso, acelerando assim seu crescimento.
Os híbridos são de maneira geral extremamente resistentes, e podem prosperar mesmo em condições adversas de cultivo, crescendo mais rápido que as espécies "naturais". Incontáveis cruzamentos de géneros ou espécies geraram inúmeros híbridos.

Em sua maioria, orquídeas não toleram água em demasia mas geralmente gostam da presença de substrato rico e húmido. Por este motivo, os vasos jamais devem ficar sobre pratinhos que retém água, sob pena de encharcar as raízes e matar a planta.

É fundamental o arejamento das raízes, daí o uso de pedaços de xaxim ou fibra de coco como substrato, e não o pó deste. Dois anos é o tempo médio de vida útil do substrato, o qual deve ser substituído após esse período.
O pó de xaxim é normalmente usado apenas quinzenalmente sobre o substrato (salpicar uma colher de sopa). Há ainda outros substratos como a fibra de coco prensada (coxim), o esfagno, etc.

Para uma boa drenagem 1/3 do vaso deve ser preenchido com caco cerâmico. Por este motivo também é comum o uso de vasos de barro com furos nas laterais e vasos de plástico transparentes, que facilitam o contacto da luz com o rizoma e acentuam o arejamento deste. A drenagem pode ser feita mantendo o vaso ou placa de xaxim pendurado por arames e pendendo numa inclinação de 45 graus. De maneira geral, plantas penduradas estão mais protegidas de doenças e pragas.

Uma planta florida pode permanecer dentro de casa, perto de uma janela com boa fonte de luz, sempre evitando o sol directo. Durante esse período, deve-se molhar o substrato, dependendo da humidade ambiente, mas com rega bem moderada e jamais molhando as flores.
Após o fim da floração, pode-se fazer a retirada manual das flores secas e podar a haste com tesoura esterilizada em fogo.
 

ssyssy

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Podas e cortes em orquídeas são aplicados apenas para retirada de folhas mortas, secas ou com doenças, podas de hastes florais já secas, divisão da planta ou ainda para retirada de novos brotos (os chamados keikis).
A ferramenta de poda deve ser preferencialmente uma tesoura de jardinagem pequena, sempre esterilizada com fogo a cada novo corte que der numa região da planta.
Para dividir uma planta, cada parte deverá ficar com, no mínimo, três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes vivas, que devem apresentar pontas verdes, no verão ou inverno para que o corte possa ser feito em condições ideais.
Orquídeas monopodiais, como as vandáceas, têm crescimento vertical e podem atingir metros de altura. Nesse caso, pode-se fazer uma divisão, cortando o caule abaixo de 2 ou mais raízes e fazer um novo replante.
Se a base ficar com alguns pares de folhas, emitirá novos brotos e seguirá seu crescimento normal.
Os eventuais pseudo-bulbos antigos, mesmo sem folhas deve ser preservados, pois ainda armazenam nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.
 

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A Rega num orquidário deve ser moderada e você deve estar sempre muito atento ao nível de humidade no substrato.
O substrato da planta deve estar levemente húmido, mas nunca encharcado. Orquídeas adoram humidade no substrato, mas detestam água em abundância, estagnada no fundo do vaso. Por isto, pires ou pratos debaixo do vaso jamais. Água acumulada no fundo dos vasos faz raízes da planta apodrecerem, comprometendo fatalmente sua orquídea. O uso de vasos e placas de xaxim pendurados em 45 graus facilita a drenagem da água, assim como o uso de pedra de brita de até dois centímetros no fundo do vaso.
Regue com maior abundância durante nos dias quentes. Nas estações mais frias, reduza a rega.
Muita humidade também favorece o aparecimento de fungos e nematóides, que têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos nos vasos. Daí a predilecção do cultivo de orquídeas em locais arejados.
A água deve ser borrifada de preferência no início da manhã, uma vez por semana se a planta estiver em local húmido. O uso de borrifador é o ideal, pois regadores e mangueiras espirram muita água, passando fungos ou vírus de uma planta para outra.
Em alguns casos, recomenda-se antes da rega levantar o vaso com cuidado e perceber seu peso, para saber se a rega é necessária ou não. Em plantas presas em placas de xaxim as regas costumam ser mais frequentes, visto que o tempo de secagem da placa é mais rápido.
 

ssyssy

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A luminosidade é um factor importante na saúde das orquídeas, que dificilmente toleram exposição directa ao sol. Em regras gerais, orquídeas se adaptam bem na chamada meia-sombra: debaixo de árvores, sob ripados de madeira ou mesmo na varanda ou janela de um apartamento em que não incida sol directo.
Quase todas as orquídeas se desenvolvem em locais onde são protegidas da luz solar directa. Apenas algumas espécies vivem sob sol directo, mas, neste caso, elas são protegidas do vento forte ou constante.
O primeiro passo para fornecer a quantidade ideal de luz a sua planta, é identificar a espécie ou o género. Assim você poderá escolher o local mais adequado para fixar ou apoiar a sua orquídea.
Todas as orquídeas se adaptam bem em temperaturas entre 15 e 25 graus centígrados. Entretanto, existem orquídeas nativas de altas latitudes que suportam temperaturas baixas, como as dos géneros Cymbidium, Odontoglossum, Miltônias colombianas e as nativas de regiões muito elevadas. Geralmente as orquídeas não toleram bem o frio, como espécies nativas da amazónia em que seu habitat natural são pântanos de temperaturas altas e muita humidade (C áurea, C eldorado, C violace, Diacrium, Galeandra, Acacallis).
A intensidade de luz que cada espécie necessita varia de planta para planta. O Dendrobium, por exemplo, gosta de luminosidade em 60% e até mesmo um sol fraco nas primeiras horas da manhã. Outras, como o Paphiopedilum, Miltôneas colombianas e diversas micro orquídeas são plantas que não suportam bem temperaturas e luminosidade muito elevadas e devem ficar sempre em condições de sombra.
As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e pleno sol (raras excepções).
De modo geral as orquídeas não devem receber luz solar directa com excepção dos primeiros raios matinais.
 

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Pragas e doenças atacam as orquídeas por muitos motivos e hoje existem diversas formas de controlo e combate de pragas e doenças, naturais ou industrializadas.
O controle adequado de luz, humidade e adubação correcta do substrato favorecem o não aparecimento de doenças e pragas. A disposição dos vasos com distância mínima de 20 cm também é aconselhado, para que parasitas não migrem de uma planta para outra.
A esterilização de tesouras e o próprio manuseio de plantas doentes deve ser feito com atenção, para que não se passe doenças para plantas sadias logo depois. Mudas, que são mais sensíveis às doenças, devem ficar separadas de plantas adultas.
Em geral, muita humidade pode trazer problemas crónicos para as raízes, causando seu apodrecimento. A acumulação de água é também causa da perda e amarelamento das folhas, deixando-as com uma coloração verde-garrafa. É também excesso de humidade que atrai fungos que podem matar uma planta adulta num curto espaço de tempo.
Pragas também são comuns em orquídeas, como os pulgões. Uma planta sob ataque de um pulgão comum, da família dos afídeos (Aphidae), que adora sugar seiva de hastes novas (hastes de Oncidium são um alvo comum), e de botões florais, o que pode acabar com uma bela floração em poucos dias.

Além de danificar as flores, os pulgões podem transmitir certos tipos de vírus, notadamente o OFV (Orchid Fleck Virus). Outras pragas como Lesmas, caracóis, nematóides e conchonilas variadas, que comem as raízes ou atacam as folhas e flores.
No caso de lesmas e caracóis, recomenda-se a retirada manual através de armadilhas de miolo de pão embebido em cerveja ou mesmo cortes pequenos de chuchu. Para retirada completa dos ovos (que medem de 1 a 3 mm) e o restante dos caracóis, deve-se afundar o vaso da planta por uma ou duas horas em água e repetir este processo nas próximas duas ou três semanas seguintes.
Ao comprar uma planta, procure sempre conhecer sua procedência, para não levar para casa uma espécie contaminada por vírus, nematóides, caracóis e fungos, por exemplo.
Se o problema dos pulgões e conchonilhas persistir, tente o uso do fumo de rolo. Ferva 100g de fumo de rolo picado em 1,5 litro de água. Acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó. Espere esfriar e borrife sobre as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador de vírus.
 
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