Luz Divina
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Os desafios da medicina tradicional em Portugal

O diretor de formação e qualificação do Instituto de Medicina Tradicional, Frederico Carvalho, defendeu em Macau que a regulamentação da lei existente e a garantia da qualidade da formação são os dois desafios que a medicina tradicional enfrenta em Portugal.
Em Macau para participar em mais uma ação de formação para técnicos dos países de língua portuguesa organizada pelo Fórum Macau – desta vez dedicada à Medicina Tradicional Chinesa – o mesmo responsável salientou haver atualmente uma procura “cada vez maior” pela medicina tradicional ou alternativa.
No entanto, salientou, esta procura é vista, mesmo num contexto europeu, como “complementar”.
“A população europeia percebeu que, de facto, a complementaridade entre a medicina convencional e a tradicional é a melhor forma de saúde, que além de resultar para o indivíduo resulta para os Estados, permitindo uma maior poupança [na área da saúde] porque é preventiva”, disse.
Sem dados sobre o número de profissionais a operarem em Portugal, Frederico Carvalho salienta como prioridade regular a lei das medicinas tradicionais, que contempla seis variantes de tratamento e prevenção, e apostar na garantia de uma formação de qualidade, trabalho que gostaria de ver concluído no prazo de uma década.
O mesmo responsável defendeu também a inclusão da medicina tradicional como valência nos hospitais públicos e considera a viagem a Macau como uma janela de oportunidade “útil e fundamental” para o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa em Portugal.
“É importante a ligação à origem”, disse, ao salientar que os contactos e as pontes estabelecidas localmente podem queimar etapas no estreitamento de relações de cooperação entre instituições, académica, de investigação e na indústria.
Frederico Carvalho acrescentou ainda querer estabelecer em Macau contactos para intercâmbio de especialistas e salientou ainda a possibilidade de Portugal poder ser uma “plataforma” para a medicina tradicional chinesa quer para outros países de língua portuguesa quer para o mercado da União Europeia, onde o país está inserido.
O colóquio sobre desenvolvimento da Medicina Tradicional chinesa nos países de língua portuguesa fez deslocar a Macau um total de 19 técnicos ligados às medicinas alternativas ou à assistência social às populações de Portugal, Timor-Leste, Angola, Cabo-Verde, Brasil e Moçambique.
Além do contacto com especialistas de medicina tradicional chinesa, de visitas à ilha da Montanha onde Macau vai construir o centro cientifico e industrial de medicina tradicional chinesa e a centros desta prática no continente chinês, os participantes terão ainda oportunidade de ficar a conhecer o desenvolvimento histórico desta variante médica ao longo dos séculos.
impala