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Os flops tecnológicos de 2014

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Os flops tecnológicos de 2014

Os êxitos científicos deste ano acompanham a tendência das últimas décadas: num abrir e piscar de olhos, estamos em Marte, as sondas humanas saem do sistema solar e chegámos a um cometa. Mas nem tudo são sucessos no mundo da tecnologia, como salienta este top de flops seleccionado pela revista Technology Review, do MIT. Mas atenção: não é que as máquinas, altamente complexas, não funcionem. O problema foi a sua falta de adopção pelo mercado, seja lá o que isso for, ou, num dos casos, a pressão do mesmo, que levou a resultados claramente falsos. Eis os falhanços:

A Bitcoin

A moeda digital foi condenada à nascença mal entrou no ‘mercado’. Apesar de ter movimentado quase 50 milhões de euros por dia, os números não ultrapassaram os de 2013, quando ela surgiu no mundo virtual. Além disso, em 2014 a Bitcoin sofreu uma desvalorização de 62% e, pior, tornou-se a moeda de troca favorita de cibercriminosos, que este ano acentuaram ataques às mais diversas instituições.

Google Glass

Há mais de dois anos que se apresentam como a tecnologia do futuro. Quem não gostaria de ter uns óculos capazes de armazenar dados, projectar filmes, gravar imagens (fixas ou em movimento), disponibilizar GPS, a uma simples ordem do portador? A verdade é que a Google começou a pô-los de lado a meio deste ano e as fortes expectativas baixaram a pique. Ninguém parece ter contado com os problemas de privacidade (e se filmarmos alguém sem aviso, por exemplo?) e de direitos de imagem, que motivaram até uma carta aberta à Google pelas comissões de protecção de dados de dezenas de países, Portugal incluído.

Exosqueleto

Quem não se lembra do pontapé de saída inaugural do Mundial do Brasil? Aquele breve momento, em que um tetraplégico se levantou, com o auxílio de uma máquina robótica e deu ele próprio o pontapé na bola ficou na retina de milhões em todo o mundo. Mas durou segundos, já que o exosqueleto criado por uma equipa de neurocientistas e informáticos da Universidade de Duke (EUA), liderada pelo brasileiro Miguel Nicolelis, afinal ainda não permite que um paraplégico ande. A estrutura, que se ‘veste’ e ampara o corpo fragilizado, é controlada pelo próprio paciente, através de uma espécie de capacetes com sensores que transmitem os impulsos do cérebro ao exosqueleto. Apesar do trabalho insano que esta tecnologia deu à equipa científica, ainda faltam alguns detalhes a apurar.

Células estaminais STAP

De todas as invenções do ano, esta era a que mais prometia. Há décadas que se diz que a terapia por células estaminais – células ‘esvaziadas’ da sua informação às quais se pode integrar outras funções, para substituir órgãos ou tecidos em falência, por exemplo – vai revolucionar a medicina. O problema, além da falta de consistência dos resultados destes tratamentos, é ético: muitas delas são embrionárias, o que levanta celeumas com os grupos pró-vida e quejandos. No início do ano, uma jovem cientista japonesa, Haruko Obokata, anunciou que tinha conseguido obter células estaminais a partir de qualquer célula desde que as mergulhasse em ácido. Bingo! Era o fim do problema ético. Mas afinal não: outros laboratórios que tentaram replicar os resultados não conseguiram e, no fim do ano, Obokata demitiu-se, reconhecendo a falsidade dos resultados. Mas especialistas da área defendem-na, dizendo que este campo da ciência não está mais exposto a fraudes do que qualquer outro. O problema maior é a pressão do ‘mercado’, ou seja, a ânsia de publicar resultados espampanantes em publicações científicas, um critério chave para o financiamento das instituições.

Fonte: SOL
 
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