kokas
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Todos os meses surgem dezenas de 'startups' ligadas à marijuana e ao cânhamo, numa indústria que pode valer 22 mil milhões. Portugal está atrasado, mas há vontade de mudança.
É a terceira vez que ouço falar de Portugal hoje", diz-me um vendedor da marca de chocolate artesanal Kiva, que vende seis sabores diferentes de tabletes com canábis. É verdade: Portugal foi referenciado em vários painéis do Congresso Mundial & Exposição de Negócios - Cannabis Means Business, que decorreu até ontem em Los Angeles, onde encontrámos a Kiva. Ethan Nadelmann, presidente da Drug Policy Alliance, foi um dos que deram Portugal como um exemplo devido à forma bem-sucedida como descriminalizou o consumo de drogas em 2001. Dados do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) - antigo Instituto da Droga e da Toxicodependência - indicavam em 2012 um consumo mais baixo nos últimos 12 meses em relação aos dados de 2001. O mesmo aconteceu com as infeções por VIH/sida associadas à toxicodependência.Mas o progresso fica por aí. Apenas no final do ano passado o Infarmed aprovou a primeira plantação de Cannabis sativa para fins medicinais, pela empresa Terra Viva, e o cultivo de cânhamo ainda é muito incipiente (em 2013 surgiu a Canapor, uma cooperativa para recuperar esta atividade, que tem outras aplicações industriais). Há petições públicas com milhares de assinaturas para ambos os casos, e médicos como o Dr. Laranja Pontes, presidente do IPO-Porto, já se mostraram a favor da utilização desta planta em tratamentos. Em abril deste ano, o Bloco de Esquerda apresentou um projeto de lei para legalizar o cultivo próprio e a criação de clubes sociais de consumo, como há em Barcelona. Foi chumbado no Parlamento.
dn